Comitê de ações culturais promove diversos eventos para o público dentro do campus da UNESP
Por: Willian Polix

Na última terça feira, 25/11, no campus da UNESP Bauru foi organizado pelo Comitê de Ações Culturais(CAC), o show da banda “Marimbondo”, composta por alunos da UNESP. Este show foi parte do projeto organizado pelo CAC Encantaria, projeto que tem como objetivo levar apresentações musicais para dentro da UNESP, promovendo a cultura no campus.
Organizado principalmente por alunos e professores da UNESP, o comitê busca proporcionar cultura para os docentes e discentes para complementar a formação de todos.
O professor coordenador do projeto e docente do curso de matemática Guilherme Francisco Ferreira contou um pouco sobre sua trajetória no projeto, sobre as principais dificuldades do comitê e sobre seu futuro. Guilherme conta que sempre gostou de música, mas acabou chegando por acaso no CAC.
“Cheguei muito por acaso. Um dia em uma aula inaugural do curso de matemática, estava tendo uma atividade cultural com outros professores e descobriram que eu toco violão e me chamaram para tocar junto com outros professores para a aula inicial. Então, um tempo depois a antiga diretora da faculdade de ciências, Vera Capellini, estava procurando alguém para trabalhar no CAC, e em um momento ela me procurou, sabendo que eu gostava de música, e acabei entrando, acabei descobrindo que era um trabalho muito mais burocrático, ou seja, cuidar da coisa para a coisa acontecer”.
Guilherme está no comitê há pouco mais de um ano e desde que se tornou coordenador do projeto tem tentado trazer diversas ações para dentro do campus para aproximar os alunos da cultura e acredita que esse é o caminho que o projeto deve seguir.
“Eu entendo que além de tentar trazer coisas de fora para o campus, era mobilizar a comunidade interna no geral. Por isso que a gente tem organizado eventos como a exposição de fotos que está ocorrendo, a ideia mesmo de pensar a UNESP enquanto um espaço de produção cultural. Essa é a intenção, compreender nesse sentido que a formação não envolve apenas o caráter acadêmico, mas também envolve um caráter cultural, de fato”, explica.
Durante a entrevista, Guilherme comentou sobre as principais dificuldades para organizar os eventos dentro do campus, que são, principalmente, as complicações legais para poder organizar os eventos.
“A gente tem uma série de questões que dificultam o processo nesse sentido. Para você ter ideia, para a gente conseguir fazer os shows que começaram principalmente do segundo semestre para cá, a gente começou os trâmites em abril. De fazer uma chamada pública e daí dessa chamada pública fazer a seleção das pessoas, seguindo critérios de menor valor e também de variação de estilos musicais, para contratar também o rapaz do equipamento de som, e depois toda a documentação”.
Outro problema apontado pelo docente é a dificuldade das pessoas participarem das ações. Ele comentou que o último show organizado foi uma boa surpresa mas que antes disso não havia tanta adesão.
“O primeiro show que a gente fez no mês tinha muito pouca gente. O festival de fotos que está acontecendo agora, Meu olhar na UNESP, a gente abriu um mês para 200 fotos. Considerando que o campus tem uns 4, 5 mil estudantes ao todo, a gente pensou, 200 vai ser rapidinho, e foi difícil a gente fechar 135. E a gente divulgou por e-mail, a gente foi nas salas falando, deixando cartazes e tudo, mas a galera não engaja. Então tem uma dificuldade de engajar”.
Para o coordenador, uma das principais dificuldades é que antes o principal meio de divulgação era por e-mail dada a falta de adesão dos discentes, mas tem visto resultados positivos com a criação do Instagram do comitê, que tem funcionado mas ainda está em construção.
“Uma dificuldade nossa são as formas de divulgação. Eu vejo que e-mail é uma coisa que não chega tanto. Porque parece que a geração mais nova não tem tanto hábito de ver e-mail. Aí a gente não sabe ainda muito bem como fazer. Parece que o Instagram algumas vezes funciona, mas é uma coisa que a gente tem que trabalhar”.
Guilherme acredita que o projeto está indo para o caminho certo, e que a ajuda dos alunos é essencial para o comitê.
“Uma maneira é participar do comitê, costumamos abrir processo seletivo no início do ano o comitê disponibiliza horas complementares, e participar do CAC é auxiliar a resolver essa parte burocrática dos eventos, é principalmente o trabalho para que o evento aconteça, além disso aceitamos indicações de pessoas para participar do encantaria e claro participar ativamente dos eventos seja aparecer nos eventos do encantaria ou dos outros eventos que são divulgados pelo E-mail e principalmente pelo Instagram @cacunespbauru”
O CAC, além do projeto Encantaria, que traz apresentações para o bosque do campus, também organiza eventos como a exposição de fotos “Meu olhar da UNESP” dos alunos que está exposta no restaurante universitário (RU) com fotos enviadas pelos alunos para a exposição. Há também as aulas de forró, que ocorrem às quintas feiras em frente a cantina da FEB.
Mais informações: @CACunespbauru
