Ela transformou sua trajetória na moda em inspiração para milhares de pessoas.

Por Maria Eduarda Clementino

Sabrina Alves. Foto: @thisissabris (Instagram)

Antes de conquistar mais de 230 mil seguidores no TikTok, a trajetória de Sabrina Alves começou de maneira simples, dentro de casa. Na infância, a carioca transformava a sala em sua primeira passarela, enrolava panos no corpo, improvisava vestidos e desfilava como quem já sabia exatamente onde queria chegar. O sonho de ser modelo nasceu ali, e nunca mais saiu de cena.

Início da jornada

Sabrina enfrentou diversas recusas de agências brasileiras. Enviava suas fotos pelos sites e, mesmo sem retorno, confiava que suas oportunidades apareceriam quando fosse a hora certa.

Com 16 anos, começou a publicar vídeos de dança no Instagram, e seu perfil rapidamente ganhou visibilidade. Foi esse crescimento que chamou a atenção de um scouter, que entrou em contato e a encaminhou para uma agência nacional, parceria que, porém, não avançou.

Nesse período, passou a investir no próprio desenvolvimento profissional e estudou inglês sozinha durante um ano, abrindo caminho para oportunidades que ainda nem imaginava. 

Um ano depois, deu um novo passo e assinou com uma agência-mãe, o que possibilitou sua primeira viagem internacional. “O babado veio até mim”, relembra. Segundo ela, essa fase inicial foi fundamental para aprender a lidar com os “não” e fortalecer sua persistência no mercado.

Preparação para o exterior 

Iniciou sua primeira temporada de trabalho na Coreia do Sul. Com uma família de classe média baixa, Sabrina tinha um desafio evidente: o dinheiro. Ainda assim, não hesitou. Determinada a não deixar a oportunidade escapar, começou a trabalhar como trancista, juntando o valor necessário para tirar o passaporte.

Sabrina na Coreia do Sul. Foto: @boavra (Instagram)

O que faltava veio com a ajuda do irmão e dos scouters que acreditaram no seu potencial. Cada trança feita se transformou em um passo concreto na construção de sua trajetória.

Com tudo pronto, embarcou para a Coreia do Sul e permaneceu no país por três meses. A experiência marcou seu início no mercado internacional, mas não veio acompanhada do retorno financeiro esperado. 

Sem conseguir trabalho suficiente para faturar, Sabrina precisou voltar ao Brasil, levando na bagagem mais aprendizados do que ganhos e a certeza de que ainda não era hora de desistir. 

Ao retornar, vivenciou um período de instabilidade. “Passei bastante sufoco em São Paulo, pois estava sem renda naquele período”, relembra.

Uma nova oportunidade

A virada veio quando conseguiu um trabalho na China. A modelo não pensou duas vezes: embarcou para o país e, ali, recebeu seu primeiro cachê . “Assim que recebi, a primeira coisa que fiz foi dar uma parte para o meu irmão e para a minha mãe, que sempre estiveram do meu lado”, relata.

Foi também na China que desfilou pela primeira vez, durante a Shanghai Fashion Week, onde participou de quatro desfiles para marcas de roupas casuais e esportivas.

Sabrina desfilando para Short Sentence no Shangai Fashion Week 2023. Foto: @thisissabris (Instagram)

Logo depois, seguiu para o Japão. Durante a temporada no país, intensificou a produção de conteúdos sobre sua rotina, prática que, mais tarde, se consolidou e ampliou a presença que mantém hoje nas redes sociais.

Após o Japão, Sabrina iniciou sua carreira na indústria europeia. Atualmente, mora na Grécia, onde continua expandindo sua presença no mercado internacional e posou para marcas como a Adidas. Uma trajetória que começou muito antes, na sala de casa, quando a menina que se vestia com panos já ensaiava o futuro que queria viver.

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