A principal e mais tradicional competição de clubes da Europa apresentou um formato inovador para a temporada 24/25, o qual será mantido para os anos seguintes.

(fonte: imagem da internet)
Por Pedro Henrique Oliveira
A temporada 24/25 está chegando ao seu fim. Durante ela diversas mudanças e novidades aconteceram, sendo a principal delas o novo formato da maior competição entre clubes: a Champions League.
Com o intuito de gerar uma maior emoção desde o início do campeonato, a Uefa, comissão organizadora do torneio, optou pelo fim do formato tradicional – com fase de grupos e mata-mata – e implementou o antigo “modelo suiço”.
“Esse formato dá aos clubes a oportunidade de se testarem contra um leque mais vasto de adversários e aumenta a probabilidade de os torcedores verem as equipes de topo se enfrentarem com mais frequência e mais cedo na competição. Também resultará em jogos mais competitivos para todos os clubes”, disse a Uefa, em comunicado oficial.
Além disso, o número de clubes que disputam a competição aumentou, totalizando, agora com o novo formato, 36 clubes.
Nova Champions
Com o fim da já tradicional fase de grupos, a partir da edição 24/25, os clubes encararam um formato de “liga”, com cada clube disputando oito partidas – metade como mandante e outra como visitante. Ao final da fase inicial, os oito melhores colocados se classificaram de forma direta para as oitavas de final – o formato de mata-mata é o mesmo, possui partidas de ida e de volta.
Os clubes que ficaram entre a 9o e a 24o colocação disputaram um “playoff”, também com jogos de ida e volta (o 9.o ao 16o enfrentam o 17o ao 24o ). Quem passar nos playoffs foi para as oitavas. Os demais foram eliminados, assim como os clubes situados entre a 25 e 36 posição na fase de “liga”.

Impactos na temporada
O aspecto que mais se destacou foi o desgaste que a Champions desta temporada gerou aos clubes. Com o novo formato, as equipes que disputaram a competição, tiveram um aumento no número de jogos.
“O impacto mais claro foi o aumento no número de partidas. No formato antigo, os finalistas jogavam 13 jogos até a final. Hoje, são 15, podendo chegar a 17, caso o time não se classifique de forma direta na fase de liga e precise jogar os playoffs”, afirmou André Salgado (Pseudo), produtor da TNT Sports, em entrevista exclusiva.

Num calendário cheio e com diversas competições, essa mudança não agradou os clubes, jogadores e seguiu um movimento contrário do que era previsto: a diminuição das datas de jogos.
“Muitas partidas. Não teve efeito (no Real Madrid), porque foram muitos, mas para todos. E nesse momento do futebol, temos que retirar jogos, não adicionar mais. É a minha opinião”, afirmou Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid na época.
“As vezes ninguém pergunta aos jogadores o que eles acham sobre acrescentar jogos. Talvez nossa opinião não conte, mas todos sabem o que pensamos sobre ter mais jogos”, disse Alisson, goleiro do Liverpool, quando perguntado sobre o novo formato da Champions League.
Mas, afinal, o novo formato atingiu seu objetivo?
Tendo a competitividade, confrontos de alto nível desde o início e maior dedicação dos clubes, como princípios essenciais para o sucesso da competição, a nova ideia da Champions “atingiu seu objetivo”, como explicou André Salgado (Pseudo) – produtor da TNT SPORTS.
“A ideia se concretizou sim. Tivemos grandes confrontos na fase de liga. Logo de cara tivemos (Manchester) City x Inter (de Milão) e Milan x Liverpool. Além de na 5 rodada da fase de liga um Liverpool x Real Madrid – confronto que já foi final de Champions por duas vezes nos últimos sete anos. No formato antigo, nós só víamos jogos destes calibres das oitavas de final para frente, às vezes só na final”, disse Pseudo, em entrevista.
