Um dos maiores festivais LGBTQIAPN+, o festival Hopi Pride aconteceu no último sábado (26) no parque de diversões Hopi Hari, localizado em Vinhedo. Repleto de artistas da comunidade, o evento contou com a participação de nomes como Pabllo Vittar, Liniker e Gloria Groove, além da presença de outros artistas que também fizeram parte do line up.

por: Alice Rodrigues

Foto por: Pedro Mata

O evento é um dos poucos episódios de visibilidade LGBT fora do mês de junho. Em razão disso, o festival carrega uma grande importância nas lutas pela diversidade, como informa o estudante de design da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Pedro Mata. “É muito significativo para as pessoas, um momento de tanta valorização da nossa cultura, fugindo da restrição de um “mês de orgulho” e assim valorizando essas pessoas, já que todo dia temos que ter orgulho de nós mesmos”, afirma. Além disso, Alex Rodrigues, também presente no festival, enfatiza a relevância de eventos como este. “Pra mim a importância é poder viver sem medo de apanhar por simplesmente ser quem sou. É um festival com várias pessoas iguais a mim, cada uma do seu jeito, mas todos fazendo parte da comunidade LGBTQIA+”

Em entrevista ao Jornal RMC, o presidente do Hopi Hari Alexandre Rodrigues afirmou que o evento não é apenas um grande festival, mas um marco dentro do calendário anual. Já a diretora de Marketing do parque temático, Mariana Mello, afirma que a organização observa sempre um crescimento da expectativa do público, e que a atração tornou-se uma tradição no parque, celebrando a diversidade com respeito, inclusão e diversão. O evento, em suas edições, enfatiza a importância da visibilidade da comunidade LGBTQIAPN+, trazendo aos palcos do Hopi Hari histórias contadas por grandes e pequenos artistas, que aos poucos conquistam seu lugar no cenário brasileiro, por meio de festivais como esse.

Foto por: Pedro Mata

Alex destaca a qualidade da organização desta edição do Hopi Pride. “Este ano a organização do festival me surpreendeu, outros anos as filas da entrada estavam muito maiores, então em questão de palco estrutura e organização estava tudo muito bom. E lógico, a fila para brinquedo sempre vai ter, ainda mais pela quantidade de pessoas no festival, porém para outras atividades como entrada, banheiro e compra de bebida, estava tudo muito bom”, diz. 

Pedro também relembra detalhes do festival, como a boa distribuição de horários das atividades do evento e da organização geral, incluindo agenda do palco e a variedade opções de comida. Sobre o papel social e político do evento, o aluno complementa: ‘‘é muito importante que mais artistas possam se apresentar em locais seguros, e que de fato valorizem a importância e a história dessas pessoas, mas também que tenham um público que acompanha e que se inspira. Ter mais eventos como esse dá mais visibilidade, para além do mês do orgulho”.

Foto por: Pedro Mata

O festival teve início às 14h e foram mais de 16 horas de apresentações não só musicais, mas também com apresentações como o “Momento Realness”, um show especial com performances de grandes drag queens. Durante todo o evento,  os principais brinquedos do parque tiveram seu horário de funcionamento estendido. 
  

Dividido entre os palcos Diversi, Tribaliza e Kaminda Klub 3000, o Hopi Pride uniu a emoção do parque de diversão, marca registrada do Hopi Hari, e a atenção à causa LGBTQIAPN+. A próxima edição do festival já tem data, prevista para 25 de abril de 2026, como informado nas redes sociais do evento.

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