São altas as expectativas dos torcedores com a hexacampeã do Brasileirão feminino.

Por Giovana Sato ⎸26 de Abril de 2025

O Corinthians Feminino é o atual e maior campeão da competição com 6 títulos.
Foto: Giovana Sato

No último sábado, 26, o Corinthians encerrou a primeira metade do campeonato brasileiro feminino de 2025 diante do clássico Majestoso contra o São Paulo no Centro de Formação de Atletas Presidente Laudo Natel, casa da equipe tricolor.

A 13ª edição do Brasileirão Feminino teve início no final de março. O Corinthians estreou na competição com uma goleada fora de casa, vencendo o Real Brasília por 8 a 2. Apesar do placar, a equipe comandada pelo técnico Lucas Piccinato ainda traz complicações do ano passado e diminuiu expectativas dos torcedores para o início da atual temporada.

O time alvinegro está na quinta colocação na tabela, com 12 pontos. Além disso, possui o melhor ataque, com 23 gols marcados, e conta também com a artilheira do campeonato, a atacante Vic Albuquerque, que balançou a rede 5 vezes em 7 jogos.

Mesmo com alguns destaques positivos, o Corinthians ainda tem muitas dificuldades. Em entrevista ao Jornal Contexto, a repórter e redatora Maria Beatriz Teves, que cobre a equipe feminina do Corinthians no portal Meu Timão, apontou que o desempenho do time no início da competição tem sido abaixo do que se espera do atual campeão. A jornalista entende que a temporada da equipe é de transição, com uma reformulação significativa no time, mas esperava mais.

Teves considera que algumas saídas do elenco eram necessárias, como as de Carol Tavares e Fernanda, que não tinham espaço no time. Já nomes como Yasmim, Gabi Portilho e Jheniffer seriam titulares absolutas e elevariam o patamar do Corinthians. Quanto às chegadas de jogadoras, muitas tiveram dificuldades com a pressão da torcida, o nível de exigência, mas poucas se destacaram individualmente. As exceções foram Letícia Monteiro, que marcou gols, e Andressa Alves, que é uma peça “coringa” e decisiva. Além delas, Maria Beatriz destaca a meia-campista Dayana Rodríguez e a zagueira Thaís Regina.

A repórter teceu críticas em relação ao trabalho do técnico Lucas Piccinato, como a falta de uma base titular definida e identidade do time, a rodagem no elenco e a insistência em jogadoras que não entregaram o desempenho esperado. Porém, Teves entende que a demissão do treinador não é plausível devido ao fato do cenário dos técnicos brasileiros no futebol feminino ainda ser muito limitado.

“O Corinthians tem jogadoras com capacidade para entregar um futebol mais organizado do que o que vem sendo mostrado. É um time que, por enquanto, parece sem brilho. Não conseguiu ganhar os clássicos que disputou, tem tido dificuldades contra os grandes. Isso preocupa, acende um sinal de alerta e, não à toa, a torcida já começou a mexer os ‘pauzinhos’. Algumas manifestações rolaram na Fazendinha (estádio do Corinthians) e vão continuar acontecendo enquanto o time continuar apático”, disse Maria Beatriz.

Confira todos os resultados e estatísticas do Corinthians na primeira metade do campeonato:

JOGOS
1ª rodada: Real Brasília 2×8 Corinthians2ª rodada: Corinthians 2×0 Juventude
3º rodada: Bragantino 2×2 Corinthians4ª rodada: Corinthians 1×2 Palmeiras
5ª rodada: Fluminense 1×1 Corinthians6ª rodada: Corinthians 8×0 3B da Amazônia
7ª rodada: São Paulo 1×1 Corinthians
Imagem: Giovana Sato

A equipe de Lucas Piccinato precisa terminar, no mínimo, na oitava colocação para avançar para as quartas de final do campeonato. O Corinthians volta a entrar em campo pelo Brasileirão na próxima quinta-feira, dia 1º de maio, contra o time do Grêmio dentro de casa, no Estádio Alfredo Schurig.

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