O ramo “second hand” vem crescendo muito no centro Oeste paulista e se torna uma ótima oportunidade de negócio para empreendedores individuais.

Por Sofia Turtelli

O mercado de roupas de “segunda mão” apresentou crescimento de 30% no Brasil nos últimos cinco anos. segundo o SEBRAE, existiam em 2023 118.178 brechós ativos no país. Este aumento é visível em Bauru pela cidade e nas redes sociais, sendo assim um ótimo negócio para pequenos empreendedores locais. Começar o seu próprio empreendimento no ramo pode ser prático e de baixo custo, só precisa saber como.

Os estudos sobre o assunto são escassos, porém alguns recentemente vindos a público revelam que nos últimos 12 meses o mercado “second hand” cresceu em relação ao varejo tradicional. Os brechós misturam sustentabilidade e um público diverso, desde pessoas que buscam peças vintage até famílias que querem roupas de menor custo. A moda cíclica auxilia com volta de tendências e valorização de peças.

Segundo o Manual como Montar um Brechó do SEBRAE a chave para o sucesso nesse tipo de negócio está na divulgação digital e curadoria das peças. Laura Marmontel é dona do brechó de luxo Vitrine Lamar, localizado em Bauru, seu negócio já possui quatro anos de atividade.

Laura Marmontel – Foto: Arquivo Pessoal

Ela fala que a “curadoria é o coração da loja”, e dá uma dica: se você estiver começando tenha peças boas, higienizadas e conservadas. Sobre a divulgação, ela diz que não gosta de publicação nichada, já que todo conteúdo pode ser transformado para seu tipo de negócio. “Tudo que é diferente chama atenção”, diz.

Uma pesquisa de mercado deve ser feita para compreender a demanda local e analisar a concorrência permitindo se estabelecer como um diferencial. Um alinhamento entre o produto a ser vendido e o local do seu negócio é essencial, além de preço e promoção. O empreendedor deve se atentar também aos trâmites legais que envolvem a criação do seu próprio negócio e estudar os direitos do consumidor.

As peças podem ser procuradas em bazares particulares ou de instituições de caridade e podem ser os “desapegos” de alguém. Laura aconselha para quem está começando a trabalhar com consignado, se atentar para realizar tudo de forma legal se certificando de que todas as peças são lícitas.

Um brechó pode ser um negócio de baixo investimento. “Eu não acho que para começar um brechó precisa de um investimento alto,pra você começar bem, uns R$2.000 é excelente mas mesmo se você não tiver nada dentro do seu próprio quarto você vai compra as peças e começa a vender”, explica Laura.

Ela dá dicas para quem quer começar o seu negócio hoje: ter certeza de que é isso que você quer, fazer disso sua meta principal com comprometimento, além de gratidão a todas as pessoas que estão te ajudando. “Tenha isso como prioridade e seja grato a todas as pessoas que aparecerem no seu caminho para te ajudar, por que com certeza se apareceu, foi por algum motivo”, conclui Laura.

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