A série entre Bauru Basket e Paulistano está a pleno vapor e os bauruenses seguem confiantes em possível virada, mesmo com resultados negativos

Por Pedro Inácio Barbosa

Equipe do Bauru Basket no ginásio Panela de Pressão. Foto: Pedro Inácio Barbosa

O Bauru Basket estreou dia 22 de abril nos playoffs da NBB. A série dos dragões é contra o Paulistano e, por enquanto, a equipe da capital paulista está levando a melhor na série e vencendo-a por dois jogos a um, podendo eliminar os bauruenses com mais uma derrota.

O próximo jogo é amanhã, quarta-feira, dia 30 de abril, no ginásio Antonio Prado Junior, em São Paulo. O técnico Paulo Jaú, do Bauru Basket, concedeu uma entrevista ao Jornal Contexto em que comenta sobre a situação do time no mata-mata, possíveis mudanças e perspectivas.
A preparação da equipe bauruense para os playoffs foi curta, porém, segundo o treinador, eles se prepararam a temporada inteira para chegarem no seu auge físico e darem o melhor dentro de quadra. Em relação ao confronto contra o Paulistano, Jaú comentou sobre a preparação do elenco, que teve como objetivo combater a velocidade e a agressividade, principalmente no jogo de transição e no volume de arremessos de três pontos. Ele ainda completa dizendo que o time paulistano é uma equipe que tem muita movimentação, intensidade e jogadores jovens de qualidade.
Um dos pontos chaves para o mata-mata, de acordo com o comandante, é o psicológico, porque a margem de erro é baixa. Ele conta que a parte técnica não possui tanta mudança em relação a temporada regular. “A gente precisa ter uma concentração muito maior a cada posse, ser mais físico e jogar com mais energia. O nível de exigência sobe muito, e cada detalhe faz diferença”, disse o treinador.
Os dragões perderam o último jogo da série em sua casa, no ginásio Panela de Pressão. O jogo foi 62 a 60 para o Paulistano e foi ganho em um arremesso no estouro do cronômetro de Brunão, da equipe da capital paulista. O treinador bauruense ressaltou a importância da torcida. Apesar da derrota em casa, ele elogia a presença do torcedor, que lota o ginásio em quase todos os jogos, fazendo do time bauruense um dos mais tradicionais de basquete do país. Para ele, o apoio da torcida é uma motivação enorme, e um combustível a mais para buscar a vitória e levar alegria aos torcedores.
Para os bauruenses, um ajuste que eles veem como uma possível solução para reverter a série é prestar atenção nos rebotes, pois estão concedendo muitos rebotes ofensivos e isso resulta em um alto volume dos paulistanos. Inclusive a cesta decisiva do jogo 3, veio em um rebote ofensivo pela equipe de São Paulo. Dentro da série, o Bauru tem 15 rebotes ofensivos a menos que o Paulistano. O técnico voltou a comentar sobre como os playoffs são jogos de erro zero e que devem ser mais agressivos na proteção do aro e mais consistentes na defesa para não dar volume para o adversário.
A pouca idade dos jogadores bauruenses foi um questionamento levantado sobre um possível fracasso nos playoffs. Porém, o elenco paulistano tem uma média de idade ainda menor e o comandante bauruense disse que embora o atual elenco seja mais jovem do que o do ano passado, eles devem aproveitar que ainda são mais experientes que os adversários. “Precisamos usar isso a nosso favor. Ter mais controle emocional e saber administrar os momentos decisivos do jogo,” disse.
Como o técnico já falou muitas vezes, o psicológico é essencial para os playoffs. Ele diz que a situação de possível eliminação é desconfortável, porém o elenco segue motivado e focado. Pois eles já sabem quais foram os erros, o que precisa ser corrigido e estão comprometidos em melhorar e esperam responder tudo em quadra.
Para finalizar a entrevista, ele cita uma frase de motivação para os torcedores bauruenses: “a pressão existe, mas a nossa vontade de vencer é ainda maior. Vamos lutar até o fim”.

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