Pedestres enfrentam dificuldades de locomoção em trechos da Avenida Nações Unidas, principalmente aqueles que fazem uso de transporte público

Por Gabrielle Camili Dolce

Pedestres enfrentam dificuldade de locomoção em trechos da Avenida Nações Unidas Foto: Gabrielle Camili Dolce

Bauru, uma das principais cidades do interior paulista, enfrenta desafios diários associados à mobilidade urbana, especialmente para os pedestres. Segundo dados do Infosiga-SP, 25,3% das vítimas de acidentes de trânsito em Bauru são pedestres, sendo o segundo maior número por tipo de vítima em acidentes.

O bairro Vila Cidade Universitária tradicionalmente tem atraído muitos estudantes para moradia, pois está próximo da USP e a 2,6 quilômetros da Unesp, além de ter uma conexão direta com uma das mais importantes avenidas de Bauru, a Avenida Nações Unidas.

Entretanto, os estudantes que fazem uso de transporte público todos os dias para chegarem até a Unesp tem manifestado insatisfação com a precária situação das calçadas e a ausência próxima de uma faixa de pedestres, na altura da rua Abraão Rahal.

“Tem partes aqui das Nações que é bem ruim, é bem perigoso. Eu sei que é para não quebrar a avenida do pessoal que está de carro, mas para pedestre tem pontos em várias partes da Nações que não tem faixa de pedestre. Aí a gente se arrisca para tentar passar”, relatou Stephany Alves, 22 anos, estudante de Educação Física da Unesp.

“Faço uso do transporte público todos os dias pra ir pra faculdade. Quando se trata de ser pedestre na Nações, o que a gente mais passa é dificuldade. Já perdi vários ônibus por conta do trânsito, porque as faixas de pedestre são muito distantes e os carros nunca param pra gente”, desabafa Maria Eduarda Deodato,18 anos, estudante de Jornalismo também da Unesp.

“Acho que um modo de resolver esse problema é criar mais faixas vivas pela avenida, porque ela é gigante e as faixas ficam muito distantes, então ninguém as procura para atravessar. Os motoristas têm pressa, nós como pedestres temos também, infelizmente acidentes vão acontecer até que a prefeitura mude isso,” completou.

Este problema atinge vários moradores da região. A operadora de telemarketing Giovanna, de 21 anos, contou em entrevista que faz uso frequentemente de transporte público principalmente para voltar do trabalho.

“É perigoso, a gente sente medo porque às vezes vem bastante carro correndo e como eu moro bem aqui na frente eu não daria a volta lá na frente”, relatou. Ela conta que quase foi vítima de atropelamento durante a travessia na avenida Nações Unidas. Para ela, a solução poderia ser uma passarela elevada.

Outro morador da região, Lucas Magalhães, de 36 anos, professor de Inglês, relatou a existência de buracos no canteiro central entre as avenidas. “Tem um trecho lá adiante que o canteiro entre as avenidas está bem esburacado”, diz.

Para a diarista Neusa Ramos, de 52 anos, “uma faixa de pedestre já ajudaria. Lá na frente tem uma faixa de pedestre e tem um sinal. Você vai lá, aperta o botãozinho, aí ele para, os carros param. Mas se não fizer isso, você não consegue passar, pois os carros não param, eles aceleram”, concluiu.

Trecho da Avenida Nações Unidas em que, segundo os pedestres, necessita de uma faixa. Foto: Gabrielle Camili Dolce

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