Após mais de duas semanas sem coleta de lixo na cidade, Prefeitura toma medidas para normalizar a situação

Por Maria Eduarda Lopes

A população de Jaú ainda aguarda a normalização da coleta de lixo na cidade. Depois de ter ficado mais de duas semanas de coleta, a Prefeitura anunciou na última sexta-feira, 18, a contratação emergencial de uma nova empresa de coleta de lixo. A previsão é de que até sexta-feira, 25, a situação esteja normalizada.

Nove bairros ficaram por mais de duas semanas com o lixo acumulado na porta das casas, gerando insatisfação por parte dos moradores.

A área que servia de transbordo para o lixo da cidade já vem sendo multada há anos e foi interditada no dia 24 de março pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Atualmente, um novo local está sendo viabilizado. A interdição do transbordo, de acordo com a Cetesb, foi pelo acúmulo prolongado de lixo, que não poderia permanecer por mais de 24 horas na área sem os devidos cuidados ambientais e sanitários.

Durante esse período de interdição, os caminhões que já atuavam em Jaú trabalham coletando os resíduos nos pontos emergenciais da cidade, sendo eles, hospitais e bairros da região central, e encaminhando esses resíduos para o aterro em Piratininga. Este processo se mostra demorado diante da demanda da cidade, já que o trajeto de despejo demorava em torno de 3 a 4 horas, agravando o acúmulo de lixo nas residências ao longo dos dias.

Por meio de uma dispensa de licitação, a prefeitura procura por uma empresa que possibilite aumentar o número de caminhões circulando na cidade. O contrato propõe que os serviços sejam: apanhar os resíduos na cidade, que alguns dos novos caminhões levem o lixo até o aterro e os caminhões que já atuavam no município prossigam com a programação das coletas.

A primeira empresa escolhida se prontificou aos serviços, mas por muitos dias não foram oferecidos caminhões por parte do contratado. Os disponíveis na cidade não conseguiram manter as tarefas, resultando na paralisação da coleta de resíduos na maioria dos bairros. Esta empresa desiste de continuar com a contratação no dia 12 de abril e uma nova empresa é solicitada.

“A segunda empresa vencedora aceitou, só que assim o problema aumentou ainda mais, por que não tem um instrumento formal com a nova empresa, então ela estava trabalhando com cinco caminhões, mas sem contrato”, disse Mateus Turini, vereador de Jaú, que esteve à frente nas exigências para melhorar a situação da cidade, juntamente com a vereadora Daniela Rodrigueiro.

A empresa LSPM Engenharia Ambiental, mesmo sem o instrumento contratual, colocou à disposição os cinco caminhões adicionais que auxiliaram nos serviços. O contrato foi assinado pela Secretaria do Meio Ambiente (Semeia) na sexta-feira (18). Turini afirma que mesmo após as pressões na câmara, o problema pode se repetir. “O atual contrato é emergencial também, então ele não é uma licitação que garante até 4 anos de contrato, esse atual vale por até um ano. Se a prefeitura não se estruturar, não fizer uma licitação e não regulamentar o novo lugar, ela não vai conseguir solucionar por mais tempo esse problema”, disse o vereador.

Na quarta-feira (23), a secretaria do meio ambiente afirmou que 14 caminhões e um reserva estão à disposição da cidade para as coletas e o transporte até o aterro, e que todos os catorze já estão realizando os trabalhos.

Muitos bairros foram atendidos pela coleta durante essa semana, mas muitos ainda estão com montes de lixo acumulado nas ruas, na espera de que sejam recolhidos dentro do prazo dado em nota pela prefeitura, e que a situação seja normalizada.

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