Ex aluno Thiago Theodoro participou da Semana de Jornalismo 2024 e contou sobre sua carreira na profissão.
Por Melissa Inoue
No dia 23 de setembro de 2024, iniciou-se a semana de jornalismo na UNESP de Bauru, evento que contou, em seu primeiro dia, com a participação de ex alunos da universidade que exercem a profissão de jornalista. Dentre eles, o influencer digital e participante do podcast “Me conte uma fofoca”, Thiago Theodoro.
Ele comentou sobre sua experiência tendo realizado o curso e com 20 anos no mercado de trabalho.
Thiago Theodoro começou a carreira no grupo Alto Astral. Depois, foi fazer treinamento no Grupo Abril, onde trabalhou na revista Capricho por 12 anos, saindo em 2020 como chefe de redação.
Por sua experiência com o público adolescente, depois de sair da Capricho ele prestou consultoria para as marcas que gostariam de atingir o público jovem.
A incerteza do futuro como profissional é muito frequente em universitários de todos os cursos, inclusive o Jornalismo. Segundo Thiago, ser interessado é a principal característica que um jornalista deve ter para acompanhar as novas vertentes do jornalismo. Ele diz que é preciso saber o que está acontecendo na sua profissão.
“Isso é uma narrativa que a gente usava muito na Capricho, que é você também saber o que está acontecendo com a sua profissão, conhecer o mercado de trabalho”, explica.
Ele comentou também que ter uma formação na universidade pública teve muita influência em sua carreira profissional e vida pessoal. “A UNESP me deu uma formação teórica e uma vivência política que eu não tive a oportunidade de ter no meu colégio lá na periferia de São Paulo”.
Além da curiosidade que ja é naturalmente exigida para o cargo, é necessário ter criatividade para acompanhar as mudanças no mundo da mídia. Depois de ficar mais de uma década na Capricho, Thiago se viu sem emprego e precisando se reinventar como profissional, e foi quando ele começou a se concentrar mais como influencer digital e no podcast.
“Eu tinha muito medo, eu sempre trabalhei naquela empresa, eu fiz minha vida lá. Eu nunca achei que eu fosse capaz de viver sem uma empresa, nunca achei que eu existisse fora daquele lugar,”conta o entrevistado.
Ele enfatizou também que o mercado de trabalho é muito injusto com uma pessoa que está perto dos seus quarenta anos e é mais difícil de realocá-la. Outras gerações mais antigas acreditam que quanto mais tempo você passa em uma empresa, mais crédito como funcionário você tem, por isso existe uma insegurança com mudar abruptamente de emprego e tentar algo novo.
Por fim, Thiago conta que o essencial para seguir a carreira de jornalista é a prática de leitura e escrita.
“Vai ser uma resposta talvez um pouco tradicional, é essencial a leitura e exercitar a escrita. O cotidiano às vezes, do jornalismo, afasta a gente disso, mas não importa a área que você esteja, você nunca sabe quem você vai encontrar e que tipo de conversa você tem que iniciar. Repertório é essencial”.
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