Texto de Nathalia Franqlin e foto de Priscila Campolim

A professora Claudia Lago, da Universidade de São Paulo, durante apresentação no Congresso da ALAIC

Bauru, 22/08/2024. Na manhã do último dia do Congresso da ALAIC, os presentes puderam conferir o painel intitulado “Pluralidade Comunicativa, Cidadania, Democracias e Cooperação Internacional”. Este evento, que acontece a cada dois anos, está em sua 17ª edição e neste ano teve como tema “Desinformação, Automação e Democracia: Os Desafios da Comunicação”.

A mesa contou com a participação de destacados professores doutores, incluindo a Professora Claudia Lago, da Universidade de São Paulo (USP). Ela abordou a lógica individualista de investimento que os países latino-americanos aplicam em seus pesquisadores. 

“Outros países, como a China, por exemplo, fazem investimentos massivos para adentrar no âmbito da pesquisa internacional, enquanto nós (países latinos) seguimos uma lógica individualista, priorizando o investimento em quem sempre foi privilegiado.”

A professora apontou que essa lógica é não apenas excludente, acentuando a desigualdade na carreira acadêmica, mas também uma forma de descontinuar pesquisas e desperdiçar investimentos públicos. Quando um pesquisador que recebeu todo o investimento para realizar seu trabalho decide não dar continuidade a ele de forma coletiva, a pesquisa tende a se extinguir com o encerramento de sua carreira.

Cláudia enfatizou a necessidade de pensar de forma coletiva e priorizar trabalhos realizados de maneira colaborativa. “Precisamos transformar a rede internacional em uma rede de colaborações.” Ela acredita na força dos movimentos sociais e afirma que um dos caminhos para combater a lógica hegemônica é por meio da militância dentro das universidades.

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