Texto e foto por maria paula bertozzi

Bauru, 21/08/2024. “Conteúdo latino-americano na MUBI Brasil”. Esse foi o tema da pesquisa exposta por Heloísa Castilho Fernandes na XVII edição do Congresso Latino Americano de Comunicação, nesta quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024.

“A maioria não é daqui”, denuncia Fernandes ao expor o monopólio estrageiro de plataformas no Brasil. Apesar de existir políticas públicas, o foco maior é na produção e não na distribuição e exibição de filmes. “Evidencia baixos investimentos duradouros para essa parte da indústria”, expõe Heloísa. 

“Uma coisa que influencia a distribuição é a carreira desses filmes em festivais internacionais”, explica a pesquisadora. “Alguns filmes tem uma boa carreira nos festivais, ficam famosos e gera um interesse momentâneo, mostrando que existe cinema na América Latina”.

A MUBI é uma plataforma de streaming de filmes criada em 2007 no Reino Unido. “Há uma curadoria cinéfila que preza por qualidade acima da quantidade”, explica Fernandes.

Com 730 obras disponíveis no streaming, apenas 19% do catálogo são de filmes latino-americanos. 141 obras são de produção ou coprodução latina mas apenas dez países possuem filmes na plataforma.

“Brasil, Argentina e México foram categorizados como países comuns da América Latina e Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Uruguai e Venezuela como países raros”, elucida a pesquisadora sobre a divisão de produções na MUBI. 

Há uma crescente onda de produções cinematográficas na América Latina, porém com pouca visibilidade e baixa divulgação. “Como há produção latino-americana mas os meios de distribuição operam esses filmes como raros?”, indaga Heloísa Fernandes.

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