Texto por Antonio Vitor dos Santos e fotos por Bárbara Lo Prete
Bauru, 21/08/2024. Na manhã desta quarta-feira (21), o XVII Congresso Latino-Americano de Pesquisa em Comunicação deu início ao seu terceiro dia de atividades com um tema de grande relevância: a desinformação e a comunicação. A mesa foi formada por pesquisadores e professores da área, que discutiram informações e estratégias sobre como combater a proliferação de informações falsas.

Estavam presentes nesta mesa, sob a mediação do professor Denis Porto Renó, o professor Edgard Rebouças, a professora Sandra Osses (Universidad del Externado, Colombia) e, de forma remota, as professoras Liziane Guazina (UnB) e Karina Olarte (Universidad Católica Boliviana, Bolívia).

O Ministério da Saúde adverte: Não caia em fake news.” Foi com essa frase que um dos grandes conferencistas da mesa, Edgard Rebouças, professor titular da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e gerente de projetos da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), encerrou sua apresentação. 

É fundamental destacar nesta apresentação a queda nas taxas de cobertura vacinal, que começaram em 2012 e se fortificaram a partir de 2016. “Começou coincidentemente, com mais força, a partir de 2016 e 2017 quando exatamente começaram aparecer governos que não faziam campanhas publicitárias e nem incentivaram a vacinação.”
Edgard deixou claro, durante todo o seu tempo de fala, a importância das campanhas publicitárias a favor da vacinação e como isso ajuda no combate a doenças que já foram erradicadas do nosso país e que, por conta dessa desinformação, acabam retornando, como por exemplo a Poliomielite e o Sarampo.

As fake news que existiram durante o tempo de pandemia, sobre a vacinação, foram a grande causadora de grande parte das quedas desses números, influenciando até na morte de algumas pessoas.

O Brasil sempre foi exemplo internacional quando o assunto é vacinação, sempre esteve no topo dos rankings mundiais. Foram quase 50 anos de sucesso do Programa Nacional de Imunização, programa esse que tinha como objetivo garantir à população do país acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. “A estratégia criada para enfrentar a desinformação foi criar uma vacina contra a desinformação”, enfatizou Edgard, onde logo após expõe que a vacina contra a desinformação é a informação de qualidade.

“O Ministério da Saúde começou a responder todas as demandas da imprensa, a fim de divulgar boas informações e tentado acabar com as fake news” , completou Edgard. Com isso, novos projetos foram criados, como por exemplo o portal Saúde com Ciência e também o Brasil contra Fake, incentivando a propagação de boa informação.

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