Olympiacos e Fiorentina disputam em Atenas a taça de uma das principais competições do continente europeu

Por Gustavo Mota

A Fiorentina e o Olympiacos se enfrentam no jogo mais importante da história para os dois clubes. A final da Conference League acontece nesta quarta-feira (29), em Atenas, na Grécia.

Essa será a primeira decisão continental europeia entre italianos e gregos. A Fiorentina, jogará a sua 6ª final europeia, já o Olympiacos, jogará sua primeira final continental.

Em uma temporada de altos e baixos, a Fiorentina chega na sua primeira final da temporada 23-24. Foi eliminada nas semifinais da Copa da Itália e nas semifinais da Super Copa da Itália, no ano passado, além de ter ficado em 8º na Série A Italiana.

Para o jornalista Mário Marra, essa foi uma temporada “inconsistente”. Segundo ele, “a Fiorentina fez bom jogos, mas eu esperava mais dela”.

Apesar disso, ele completa dizendo que “por causa da competição, eu acho normal que a Fiorentina esteja disputando para ganhar um título”.

Para Leonardo Bertozzi, também jornalista, não é surpreendente que a Fiorentina esteja na final. De acordo com ele, “O time estava na final (da Conference) no ano passado, tem o trabalho do mesmo técnico, um elenco forte”.

Ele adiciona dizendo que “não dá pra dizer que você vai ficar surpreso, hoje, com um time italiano chegando na final”.

O técnico do time italiano, Vincenzo Italiano, está no comando da equipe desde 2021. Desde então, o clube alcançou uma final na Copa da Itália em 2023 e a final da Conference League, também no ano passado. Além da Conference esse ano.

Para Marra, Italiano, é um técnico que “merecia ter mais destaque, mais reconhecimento há mais tempo”. Para Bertozzi, “é o melhor momento da carreira dele”.

Em um ano histórico, com a equipe sub-20 conquistando a Youth League, o equivalente da Champions League para as equipes de base, e com a equipe principal chegando na final da Conference League, essa é uma das melhores temporadas do Olympiacos.

Apesar de três trocas de técnicos, a classificação em 3º lugar no campeonato nacional e uma eliminação precoce na Copa da Grécia para o principal rival, o Panathinaikos, na competição continental o time grego foi bem. Virou contra o Maccabi Tel-Aviv, nas oitavas, eliminou o Fenerbahçe, na Turquia, nas quartas, e eliminou o Aston Villa nas semifinais.

Para Mário, “não pensava muito no Olympiacos, muito porque eu estava pensando no Aston Villa”.

Mas ele pondera dizendo que “A campanha do Olympiacos na competição é um espetáculo. Faz muito sentido pensar no Olympiacos como ‘a campanha mostrou’.”

O jornalista complementa dizendo que “eu acho que não era uma final que você palpitaria lá atrás. O Olympiacos é, certamente, uma surpresa ao chegar na final”.

Mendilibar, na temporada passada, conseguiu levar o Sevilla à sua sétima Liga Europa. Chegou na metade de fevereiro deste ano ao time grego. Não conseguiu levar o Olympiacos para a taça do campeonato nacional da Grécia e antes o time já havia sido eliminado na copa grega. Porém levou o time a sua primeira final continental.

Para Mário Marra, graças à temporada, é o que faz Mendilibar sair na frente de Italiano na final. Segundo ele, na “temporada passada o Sevilla jogou nada e foi campeão. É isso que eu acho que pode ser decisivo. É um cara que está com a cabeça voltada para aquilo”.

Segundo Leonardo Bertozzi, “Mendilibar é mais experiente e isso pode ajudar. A Liga Europa pelo Sevilla foi o grande momento da carreira dele que era feita de lutar pra subir ou lutar pra não cair” Mas ele pondera dizendo que “não seja um cara acostumado a estar nesse nível”.

Na artilharia da competição, El Kaabi, atacante do Olympiacos, marcou até agora 10 gols em 8 jogos, sendo 5 deles apenas contra o Aston Villa.

Segundo Marra, El Kaabi pode ser o definidor da final. “Pensando em um momento de definição, pra mim, é El Kaabi um jogador que pode desequilibrar o jogo da final”.

Direitos de imagem: UEFA

Para a opinião de Bertozzi, El Kaabi também pode ser essa figura. Mas ele adicionou que Daniel Podence, do Olympiacos, e Andrea Belotti, da Fiorentina, também podem estar com esse papel de protagonista da final.

A final acontecerá na Grécia. Mesmo país do Olympiacos. Entre o estádio do time grego e o estádio da final está 14 quilômetros de distância. Em contrapartida, entre o estádio do time italiano e o local da final, estão mais de 1200 quilômetros. Isso pode ser decisivo na final, já que a torcida grega estará em peso para a decisão.

Apesar disso, segundo o que disse Mário Marra sobre o favorito a ganhar o jogo, ele assume que “não vou falar de favoritismo. Talvez um 52/48 (Para a Fiorentina). Não chega a ser uma vantagem espetacular. É bem próxima”.

Porém, ele encerra ponderando que “a situação de jogar, muito perto de casa é um ponto legal. Se eu fosse falar, eu diria que é um jogo longo, talvez de uma prorrogação”.

Acompanhando a opinião de Mário Marra, Leonardo Bertozzi diz “que a gente pode falar sim de uma final imprevisível, num 50/50, eu não vejo nenhuma surpresa em qualquer resultado aqui”.

Porém, ele assume que “pelo fato da Fiorentina ir à Grécia equilibra um pouco mais as coisas. “Se fosse numa final em outro lugar, eu veria a Fiorentina ali no 55/45”.

O jogo acontecerá na quarta-feira, às 16 horas pelo horário de Brasília, com transmissão do SBT e dos canais ESPN e Star+.

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