O Borussia Dortmund e o Real Madrid irão se enfrentar no dia 01/06 em Wembley, Inglaterra, pela Liga dos Campeões, após vitória em cima do PSG e o Bayern de Munich. Entretanto, suas trajetórias não foram tranquilas diante de seus adversários
Por Livia Queiroz

Cartaz de divulgação da final da Champions League (Foto: UEFA Champions League)
Na quarta-feira (08) desta semana foi decidido os times que lutarão pelo título da Champions League em Wembley, Inglaterra. O Dortmund e o Real tiveram suas classificações garantidas contra o Paris Saint-Germain e Bayern de Munich em confrontos acirrados.
Em entrevista com o narrador e jornalista Jorge Iggor, ele menciona que era de se esperar semifinais abertas, “com ótimos times para uma trocação franca de resultados”. Sem dúvida, foi isso que pôde ser visto durante esses quatro jogos das últimas semanas.
Na terça-feira (07) aconteceu o primeiro jogo de volta da competição, PSG contra Borussia Dortmund, que ocorreu na casa do time parisiense. O time da muralha amarela foi dado como um ‘azarão’ desde o início da competição, devido ao seu desempenho mediano ao longo da temporada. Entretanto, a Liga dos Campeões mostrou que a temporada não é um reflexo do que será apresentado no campo da disputa mais importante entre os clubes.
Durante os confrontos do Borussia, a probabilidade de vitória para o clube sempre era inferior à do adversário, desde a fase de grupos até o confronto com o time francês. Nas partidas contra o Atlético de Madrid, conseguiu virar o placar ao seu favor com muito esforço, depois de um jogo de ida complicado para o seu ataque e recheado de erros da defesa.
Após cada vitória, foi construindo um fortalecimento na mentalidade do time amarelo. É válido acrescentar que mesmo tendo ganho o jogo de ida, era dito pela mídia que receberia a famosa ‘remontada’ do PSG e cairia nas semifinais. A partida de volta começou com alta pressão praticada pelo time oposto e sua torcida. Mas, o clube alemão não deixou se abalar e continuou focado até a sua vitória no fim do segundo tempo.
O destaque positivo da partida foi o jogador Mats Hummels, que fez uma partida espetacular ao lado de seus companheiros. Por outro lado, o destaque negativo ficou com o craque do Paris Saint-Germain, Kylian Mbappé. Mas o jogador não cumpriu com as expectativas daquele que é considerado um dos melhores jogadores do futebol atual. “Quando o Mbappé não está produzindo em seu nível esperado, o PSG sofre muito para um jogo”, explica Jorge Iggor.
Ainda assim, seu time teve muitas chances de ser levado para a final, mas a dificuldade em executar gols reinou. “No futebol, você dominar o jogo não vai te garantir uma vitória, é necessário eficiência no domínio”, explica Iggor. Portanto, os erros do time parisiense, o trabalho em equipe e a inteligência emocional no jogo trouxeram a classificação do Borussia Dortmund para a final de uma Champions League depois de 11 anos.

Jogadores do Dortmund comemoram gol de Mats Hummels (Foto: Divulgação/UEFA Champions League)
E no dia seguinte, na quarta-feira (08), o Real Madrid desempatou o jogo de ida em um placar de 2X1 contra o Bayern de Munich, com um total agregado de 4X3. Esses times formam a maior rivalidade europeia na Champions League, com 28 confrontos já ocorridos, sendo 15 vitórias dos merengues, 11 para o tradicional alemão e quatro empates.
Em um jogo com sensações de perigo constante para ambos os times com direito a um gol dos alemães, aos 10 minutos finais, a equipe merengue mostrou o peso de sua camisa e a razão pela qual era favorito.
Em conversa com Jorge Iggor, ele afirma que o Real Madrid têm indiscutivelmente mais experiência em decisões desta competição e, portanto, um time coletivamente mais preparado para este confronto. É importante destacar que o herói do jogo foi o Joselu, que marcou dois gols para a ‘remontada’ do time madrilenho, e os brasileiros Vini Jr. e Rodrygo que tiveram grande desempenho durante todo o jogo.
A sua própria trajetória em disputa com os adversários anteriores, por exemplo, foi uma demonstração da capacidade de adaptação e conhecimento sobre a Liga dos Campeões. Quando disputou com o Red Bull Leipzig, o clube espanhol teve imensa dificuldade devido ao jogo muito físico do adversário, mas trancou sua defesa para uma barreira inabalável.
Além disso, contra o Manchester City também houve desgaste, que “o time merengue soube sofrer, soube resistir e soube mudar seu papel ao longo do tempo”, afirma Jorge Iggor.
Essa eliminação do time inglês se assemelha muito a eliminação do PSG, pois assim como dito pelo entrevistado, no futebol, o que realmente conta para a classificação é o número no placar e não o domínio no jogo, principalmente se ele não for bem executado ao ponto de levar a uma vitória.

Joselu, do Real Madrid, comemora primeiro gol no jogo (Foto: Divulgação/UEFA Champions League)
Agora, o hino para levantar a ‘orelhuda’ será tocado somente no dia 01 de junho, às 16:00 do horário oficial de Brasília. Após um jogo único, será decidido o vencedor da Champions League 2024. Até lá, os questionamentos e debates para adivinhar se será o 15° título do Real Madrid ou o 2° do Borussia Dortmund ficarão em aberto.
