Popularmente conhecido como Favelinha da Vila Sueleny, o local abrigava 24 famílias e pode virar área de lazer
Por Sofia Peres Rodrigues Caldas

Moradias da Vila Sueleny, em Rubião Júnior, Botucatu, são desmontadas (Foto: Prefeitura de Botucatu)
No dia 20 de Fevereiro ocorreu, em Rubião Júnior, distrito da cidade de Botucatu, o desmonte de moradias irregulares na Vila Sueleny e a realocação das famílias que ali viviam. A ação foi encabeçada pela Secretaria de Assistência Social de Botucatu e o local já vinha sendo estudado há anos.
Devido ao crescimento do distrito, uma nova rua seria construída no local e oito moradias teriam que ser desmontadas. Em conjunto com outras secretarias, então, a prefeitura de Botucatu estendeu a ação, auxiliando todas as 24 famílias que residiam em local inapropriado e em condições precárias há cerca de 8 anos. As famílias já eram acompanhadas e conhecidas pelo CRAS Oeste (Centro de Referência de Assistência Social) e a prefeitura já estudava uma ação desse tipo na região.
Todas as famílias foram inseridas no programa de aluguel social, que tem duração de 12 (doze) meses, podendo ser prorrogado até 5 anos, sendo que 22 delas optaram por permanecer próximas à região, devido à sua ligação afetiva com o lugar.
“É um projeto grande, extenso e que realizamos com muito cuidado, pois estamos lidando com vidas”, diz Rosemary Pinton, Secretária de Assistência Social em entrevista ao jornal Contexto.
Além do aluguel social, foi verificado quais famílias eram elegíveis para o cadastramento no programa de benefício do governo federal Bolsa família, bem como o Vivaleite, programa Estadual de distribuição gratuita de leite pasteurizado. Segundo a secretária, um conjunto de ações necessitam ser ofertadas para que essa população supere a vulnerabilidade.
Das 24 famílias habitantes da Favelinha Vila Sueleny, nome pelo qual é popularmente conhecida, 15 foram contempladas com o projeto Botucatu em frente, o qual poderão participar por até 18 meses. O programa existe desde 2018 e é coordenado pelas Secretarias de Assistência Social, Zeladoria e Serviços e Fundo Social de Solidariedade.
O Botucatu em Frente tem o objetivo de promover oportunidades de trabalho para a população vulnerável que já é atendida pelo CRAS. Os assistidos devem estar desempregados há mais de um ano e cumprem uma jornada de 30 horas semanais, recebem bolsa-auxílio de 700 reais, auxílio alimentação mensal e acesso a qualificação profissional por meio de cursos da Universidade do Trabalhador e Empreendedor (UNITE).
A prefeitura estuda a possibilidade de construir uma área de lazer, praça ou campinho no local antes ocupado pelas moradias. Após o desmonte delas, formou-se um local amplo e que pode ser convertido em espaço de uso coletivo para proveito da própria população.
Além da ação em Rubião Júnior, parte do bairro botucatuense Jardim Centenario também pode passar por processo parecido. A área é de posse da União e a saída dos moradores foi requisitada por meio de ordem extrajudicial. O bairro se localiza próximo da empresa Caio e as são 20 as famílias que precisam desocupar o local. A secretaria de Assistência Social já realizou uma assembleia com os moradores, para avaliar a possibilidade de assisti-los, mas encontrou resistência por parte deles.
