Na comemoração dos 50 anos do rapper, álbum traz releituras das obras do “Maestro do Canão”

Por João Neves

            BK, Djonga, Sant, Don L, N.I.N.A do Porte, Vandal. Esses são alguns dos convidados que fazem parte do álbum Sabotage 50, lançado no dia 3 de abril, encerrando as comemorações dos seus 50 anos. Neste dia, quando completaria 51 anos, Sabotage é homenageado com um projeto da gravadora Som Livre, com participação dos seus dois filhos, Tamires dos Santos e Wanderson do Santos (Sabotinha).

            Como explicou Felipe Mascari, o novo álbum busca mostra a importância e o legado deixado pelo cantor. “O novo álbum do Sabotage representa um ponto importante dentro do rap nacional. O rapper mais icônico da virada do século se unindo à nova geração permite que a obra de Sabota nunca seja esquecida e seu legado jamais será apagado”.

            Com trinta e um minutos e nove faixas, o disco conta com mais de vinte participações de grandes nomes do cenário musical, que fizeram releituras de clássicos cantados pelo Rapper durante sua breve e meteórica carreira musical.

            O primeiro single do álbum foi lançado no dia 18 de abril de 2023, com a faixa “Respeito é pra quem tem”.  N.I.NA do porte e Pedro Apoema deram início ao projeto. Clássicos como “Mun Rá”, regravado por BK e Rincon Sapiência, traz a essência e mostra “canetadas afiadas” assim como Sabotage tinha em seus versos.

            Com a faixa “Aracnídeo”, Vandal, junto com Russo Passapusso (Baiana System), traz fortes críticas ao cenário do Rap Nacional, criticando o “topa tudo por dinheiro” e com versos que questionam o compromisso atual dos rappers com a cena. Segundo Felipe Mascari, do portal “Rap Mais”, “Aracnídeo” é a mais importante música do disco, onde Vandal aponta o dedo na cara da cena nacional, criticando o momento atual que o gênero vive, numa espécie de carta escrita ao Maestro do Canão”.

            Mesmo após 21 anos da sua morte, Sabotage 50 mostra a importância e o legado deixado por “Sabota” através dos anos. Mesmo com a sua rápida e meteórica ascensão na música, suas rimas e flows, permanece atuais e vivos na memória de todos os fãs de rap no Brasil, mostrando realidade vivida por moradores de cada periferia do país.

            “O legado do Sabotage nas periferias foi a representatividade. O rapper foi o primeiro a furar a bolha da cena, levando o protagonismo periférico para além da música”, diz Felipe Mascari.

            Presente em filmes como “Carandiru” e “O Invasor”, o Maestro do Canão se faz presente pelo seu carisma e a aproximação com a realidade brasileira.

           Lançado em 3 de abril, Sabotage 50 está disponível em todos os serviços de streaming de música e marca o fim das comemorações dos seus 50 anos.

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