Por Daniel Souza

Aprovada em 8 de outubro de 2020, a Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Pública) n° 429, busca promover um consumo consciente entre a população brasileira por meio de nova rotulagem nutricional dos alimentos.

Em vigor desde 9 de outubro deste ano, a mudança ocorreu no intuito de deixar o consumidor consciente do que está adquirindo no mercado, permitindo que ele tenha conhecimento de algumas características do alimento.

Rotulagem nutricional frontal

Por meio da Rotulagem nutricional frontal, um design de lupa localizado na parte superior das embalagens, a população pode identificar rapidamente se o produto possui alto teor de algum ingrediente que possui relevância na sua saúde como açúcar adicionado, sódio e gordura saturada.

Novas etiquetas para identificação de nutrientes. (Foto: Anvisa)

Segundo a ANVISA, se configura como um alimento alto em açúcar adicionado, aquele que possui 15g ou mais a cada 100g para sólidos, e 7,5g a cada 100ml.

Para configurar como alto em gordura saturada, o alimento deve ter 6g ou mais a cada 100g de sólidos, ou 3g a cada 100ml. Já os altos em sódio possuem 600mg a cada 100g de sólidos ou 300mg a cada 100g de líquidos.

Professora de Nutrição pela Unesp de Botucatu, Maria Rita Marques de Oliveira comenta que a rotulagem frontal do alimento foi elaborada com base em uma consulta pública e que o objetivo é fazer com que as pessoas saibam o que estão consumindo.

Segundo pesquisa realizada pelo DataFolha em 2016, 48% dos entrevistados não leem o rótulo dos alimentos. 

“Eu tenho visto que em vários países existem essas mudanças e as pesquisas mostram que poucas pessoas prestam atenção, poucas pessoas leem os rótulos. Na verdade, se a gente for pensar no ato de comer, ele é automático. Comprar, comer, se vestir, tudo isso a gente faz de forma muito automática. Então pra que as pessoas tivessem sempre ligadas nesse tipo de coisa a gente precisaria estar fazendo divulgação”, fala Maria Rita.

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