Copa Terceirão chega à décima edição com novas modalidades; campeonato arrecadou nove toneladas de alimento para o Fundo Social da cidade
Por: Giovane Papa
Maior evento poliesportivo entre escolas do estado de São Paulo, a Copa Terceirão reuniu cerca de 35 mil pessoas durante os fins de semana dos dias 16 e 24 de setembro, no centro cívico de Americana. Realizado desde 2016, o evento beneficente arrecadou neste ano nove toneladas de alimentos, que serão distribuídos pelo Fundo Social do município.
O torneio que, até 2022, contava com times apenas do ensino médio, – em competições distribuídas nas modalidades futebol, basquete e vôlei – teve uma novidade nesta edição: a Copa Terceirinho, Voltada para o público infantil. A competição contou com a participação de cinco times de futebol na primeira fase de grupo geral.
Segundo João Vitor, um dos fundadores e organizadores da Copa Terceirão, a ideia surgiu da própria comissão organizadora, que busca expandir cada vez mais os horizontes do evento. O organizador destaca que a comissão avalia a possibilidade de inserir novas modalidades na competição, como o handebol e natação, nas próximas edições.
Outra novidade do evento neste ano foi a uma disputa no vôlei da “melhor idade”, com dois times e em duas categorias. Segundo João Vitor, a iniciativa demonstra a possibilidade de consolidação da competição entre a terceira idade em próximas edições.
Originalmente, a competição acontece durante dois finais de semana. Porém, está em discussão um prolongamento dos dias de evento, devido ao aumento de modalidades e equipes. Ao todo, em 2023, foram registradas 82 equipes participantes (18 a mais que a edição passada), totalizando um aumento geral nas modalidades, com exceção do futebol feminino. (Leia tabela abaixo)
Distribuição de equipes e modalidades
| 40 equipes | Futebol Masculino |
| 9 equipes | Futebol Feminino |
| 8 equipes | Vôlei Masculino |
| 8 equipes | Vôlei Feminino |
| 12 equipes | Basquete Masculino |
| 5 equipes | Futebol Infantil Misto |
Trajetória
A primeira edição do evento ocorreu em 2016. A ideia veio de um grupo de quatro amigos que estudavam no colégio Objetivo de Americana. João Vitor conta que, antes de criarem a competição, ele e os amigos já jogavam futebol nos finais de semana, com times divididos entre escolas. Foi então, durante um bate papo entre o grupo, que o projeto de criar um torneio com medalha e premiação em dinheiro veio à tona.
No início, os organizadores não tinham ideia da proporção que o projeto tomaria. Na primeira edição, a copa contou com apenas oito equipes. “Era só pra brincar mesmo, nem nossos pais iam assistir.” destaca.
Foi a partir da 3ª edição que o evento se consolidou. João conta que não iam organizar o evento, pois não jogariam mais. Porém, por conta da insistência do público em dar continuidade ao projeto, decidiram manter o evento. Em princípio, o torneio teria 12 equipes, mas, na semana do campeonato, surgiram 24 equipes, Na ocasião, cerca de 3 mil pessoas reuniram-se na rua para acompanhar os jogos, já que a copa ainda não era sediada no Centro Cívico de Americana, mas em um campo de fut-7 na cidade. Com o crescimento do público, o evento passou a ser realizado, a partir da quinta edição, no novo espaço, cedido pela prefeitura.
Em princípio, a Copa Terceirão contava apenas com a modalidade de futebol masculino. Em 2018, ocorreu a primeira competição na modalidade feminina. No ano seguinte, foi introduzido o vôlei e, em 2022, o basquete. Em 2023, foi anunciada a primeira modalidade infantil para o futebol (leia abaixo a relação das equipes vencedoras).
Até agora, o evento já conseguiu arrecadar aproximadamente 70 toneladas de alimento que são destinados a ações sociais.
Medalhas de ouro
| Futebol Masculino | Politec |
| Futebol Feminino | Judita |
| Copa Terceirinho | Dom Pedro II |
| Vôlei Masculino | Etec Polivalente |
| Vôlei Feminino | Pilares |
| Basquete Masculino | Etec Polivalente |
Rodrigo, treinador e pai de um dos atletas da equipe campeã da modalidade infantil, reforça a importância da competição no desenvolvimento das crianças. “Eles vivenciam esse sentimento de competição, uma competição sadia, sabem que tem que adotar uma disciplina, tem que levar a sério, desenvolvem muito o respeito com o adversário e o compromisso. Com os pais todos aqui e uma festa bonita dessa, ninguém quer fazer feio”, disse.

Cumprimento entre os atletas de Dom Pedro II e Veteranos antes da final da copa terceirinho (Fonte: Divulgação)
Rebecca Oliveira, jogadora do Judita – time campeão da modalidade de futebol feminino – marcou um dos gols na final que levou o time ao título. “É muito gratificante, é minha primeira copa. Uma de nossas jogadoras está jogando há três anos. Joguei muito mais por ela do que por mim.” contou. No começo da competição, a equipe obteve um resultado mediano. Porém, Rebeca reforçou que, com muito esforço, conseguiram superar as dificuldades e conquistar o troféu.

Sorteio de bola e campo antes da final do futebol feminino entre Judita e Cotil (Fonte: Divulgação)
Yuri Tumelero, goleiro que foi campeão com a Politec e herói na disputa de pênaltis por defender a cobrança decisiva para a vitória, conta o sentimento que experimentou na hora da partida “Não dá nem pra descrever o que passa na cabeça, você chega ali na hora e pensa que sua vida depende disso.”

Equipe da Politec, campeã do futebol masculino (Fonte: divulgação)
Além de jogos emocionantes, fora dos campos e das quadras, o evento também contou com atrações para o público, como futmesa, quadra de padbol, praça de alimentação e vários estandes dos patrocinadores.
João Vitor conta que os preparativos para a copa desse ano tiveram início no mês de janeiro, e que diversas reuniões já ocorreram após o início do evento, visando a edição de 2024.
