Defensor dos animais, atende chamados inesperados e ampara cachorros e gatos em situação de risco
Há aproximadamente 25 anos, Marco Antônio presta ajuda a animais domésticos em situação de risco. O morador da cidade de Novo Horizonte, localizada no interior de São Paulo, faz postagens diárias em suas redes sociais sobre animais que precisam de um lar, que estão perdidos ou que precisam de auxílio veterinário.
O Marcão dos Animais, como é conhecido na cidade, atende diversos chamados pela semana, os moradores da cidade entram em contato com ele, avisando-o de animais que estão em condições de abandono e correm o risco de perderem suas vidas. “As pessoas me ligam a todo instante, até de noite, no qual pedem para socorrer animais com mau cheiro, com bichos em seus corpos, que foram abandonados.”, exemplifica o defensor dos animais.
Juntamente com sua esposa, Marisa Falcão, eles preparam comidas para os cachorros e gatos que estão sob sua proteção. “Como são animais de rua, eles não comem ração, então preparamos arroz e fígados para alimentá-los. Nós vamos alimentá-los cerca de duas a três vezes por dia”, conta Marisa.
Além disso, Marco também os leva para realizar os tratamentos veterinários necessários. Ele conta que em diversos momentos tem que pausar os resgates, pois fica com altas dívidas nas clínicas veterinárias.
“Para grande parte dos problemas as pessoas ajudam, mas fico com muitas dívidas. Pego animais fraturados, que uma cirurgia custa mais de 2 mil reais. Então, às vezes as pessoas ligam, e eu tenho que falar que não. É uma situação difícil, mas infelizmente em certos momentos não dá para ajudar”, conta Marco Antônio.
Há alguns meses atrás, trabalhadores que estavam na rodovia, encontraram uma cadela caída na estrada aparentemente morta. Os homens ao chegarem perto, viram que ela estava com o olho aberto e que ainda estava com vida. Para tentar ajudar o animal, eles ligaram para diversos lugares, mas Marco Antônio foi o único que prestou ajuda.
“Eles encontraram meu contato e contaram toda a situação. Fui até o local, esta cadela teve que ser levada para Urupês, em uma clínica para receber toda a ajuda possível”, conta o protetor dos animais.
Ele também que recebe pouco auxílio e conta que em Novo Horizonte que há pouca política pública para proteger os bichos. O canil da cidade é muito importante para dar abrigo aos cachorros e gatos sem lar, mas nem sempre é suficiente. “Os cuidados são muitos bons, dão água, comida, proteção. Para mim é ótimo, mas é a única ajuda que tenho. Não tenho verba para auxiliar os animais, que é lamentável, pois presto um serviço para a comunidade”, explica Marco Antônio.
Como Marco Antônio sempre está precisando de verbas financeiras para auxiliar os animais, quando os moradores não podem ajudar com uma quantia de dinheiro, eles doam objetos, roupas, sapatos e entre outras coisas, no qual ele coloca a venda para arrecadar os valores necessários.
Em seu perfil do Facebook, ele faz postagens de vendas, como também dos animais que precisam de ajuda. O protetor também presta a ajuda de divulgar os animais perdidos, para que os seus tutores os encontrem.
“Meu perfil no Facebook é muito conhecido pela cidade, e tenho ajudado a encontrar muitos animais. Por exemplo, eu posto a foto de um animal depois agora, dentro de alguns minutos já o encontram”, relata.
Jornal Contexto 