De acordo com estudo feito pela Octadesk com a Opinion Box, mais de metade dos consumidores compram pela internet

Bernardo Corvino

Reprodução / Prefeitura de Bauru

Não é novidade que o número de pessoas que escolhem fazer compras on-line aumentou durante a pandemia. Com a população de quarentena, o e-commerce foi a única escolha. Agora que o isolamento social acabou e a sociedade voltou a funcionar normalmente, as pessoas continuam comprando mais de forma virtual que física. 

Pelo menos, é o que diz a pesquisa feita pela Octadesk em parceria com a Opinion Box. Segundo o estudo, 61% dos consumidores compram mais pela internet do que em lojas físicas e a maioria (78%) afirma comprar uma ou mais vezes por mês. 

Ainda de acordo com a pesquisa, 73% dos consumidores citam como maior motivo a diferença de preços dos produtos, ou seja, via on-line o valor é mais baixo. Alguns dizem que a praticidade de comprar sem sair de casa é o motivo, outros escolhem o e-commerce pelas promoções que só são encontradas por lá.

Para Wilker Pereira, de 34 anos, que trabalha na loja “D&J Modas”, localizada na Rua Batista de Carvalho, em Bauru, não houve queda no número de vendas físicas. “A gente não pode reclamar, porque o giro está acontecendo. Está saindo umas vendas legais”, disse. Segundo o lojista, a pandemia mudou o comércio, mas não pelas vendas on-line. “Foi porque afetou o bolso de todos, brasileiros e no mundo”, explicou. Apesar disso, ele conta que o e-commerce ajudou no lucro: “A venda on-line é boa também. A gente trabalha muito com WhatsApp.”

Já para Catarina Cristovam, de 39 anos, que trabalha para a loja “Encanto Fantasias”, também localizada na Batista, as vendas on-line servem como uma segunda opção. “O cliente pode comprar tanto on-line, quanto presencial”, falou. Apesar disso, o número de compras virtuais ainda é maior que na loja física. 

Assim como Wilker, Catarina afirma que houve uma mudança no público do calçadão, mas não pelo aumento do e-commerce ou pela pandemia. “As lojas aqui do centro da cidade perderam pouco da visibilidade porque, há muitos anos atrás, nós tínhamos a estação ferroviária, que era o ponto de início do calçadão. Então, existia um movimento diferenciado que vinham pessoas da região fazer compra”, explicou. 

Até o fechamento desta edição, não houve resposta do Sincomércio de Bauru e região. Ainda assim, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, em 2022, só no Brasil, foram arrecadados R$ 169,6 bilhões por vendas online. O número é previsto para aumentar R$ 16,1 bilhões este ano.

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