Em final de semana decisivo, Gabriel conquista o título logo na qualificação.
Por: Daniel Moraes Bueno
Após perder a chance de ganhar o título com uma corrida de antecedência, o jovem Gabriel Bortoleto sagrou-se campeão mundial de Fórmula 3 no ultimo dia 01 de setembro, no circuito de Monza, na Itália. Com 38 pontos de vantagem, Gabriel precisava de apenas 2 pontos para garantir, sem depender de mais ninguém, o título do campeonato.
Isso porque o final de semana de 28 de julho, “Match Point” para o piloto, não saiu como planejado. Liderando o campeonato de pilotos, estava com 43 pontos de vantagem para o segundo colocado e só precisava terminar o final de semana na Bélgica liderando por pelo menos 40. Isso porque um mesmo piloto pode conquistar no máximo 39 pontos em um mesmo fim de semana da Fórmula 3, sendo 10 pontos por vitória na corrida sprint (com um ponto extra pela volta mais rápida), 25 pontos pela vitória na corrida principal (com um ponto extra pela volta mais rápida) e dois pontos pela pole position (classificar-se em primeiro lugar para a corrida, fazendo a volta mais rápida na Qualificação).
Até então, o brasileiro havia pontuado em todas as provas principais desde o começo da temporada. Porém, em um evento marcado por vários incidentes em uma pista úmida e com vitória inédita de outro brasileiro (Caio Collet), Bortoleto não escapou ileso. Em um contato com o piloto Beganovic, seu carro quebrou fazendo com que precisasse abandonar a prova e, assim, passar zerado pela primeira vez no ano.
A programação oficial do GP ocorrido neste final de semana, começou na sexta-feira com o treino livre e a qualificação. Gabriel, pela grande diferença de pontos que adquiriu no decorrer das etapas, garantiu o título ainda no primeiro dia do final de semana, uma vez que seus dois principais rivais não marcaram a pole position e, assim, não tinham mais chances matemáticas de alcançar a pontuação do brasileiro. O desempenho de Bortoleto na prova qualificatória o colocou na quinta posição, como o grid da corrida de sábado é invertido para os 12 primeiros, o jovem largou em oitavo na corrida sprint.

(Foto: Reprodução)
A prova de sábado foi bem movimentada e Gabriel pôde, acima de tudo, mostrar todo o comprometimento que teve de segurar ao longo do ano para não colocar a disputa pelo título em risco. Após partir da oitava posição o brasileiro fez ultrapassagens muito determinadas e, pouco a pouco, escalou o pelotão até o terceiro lugar. Segundo o jornalista e analista de automobilismo Alexandre dos Santos, “nos últimos campeonatos, os pilotos que lideraram tiveram muitos erros, batidas e etapas sem pontuar, muitas vezes, não é preciso ganhar uma corrida, mas sempre tentar chegar no top 5, assim um líder consegue manter sua vantagem. Foi isso o que Gabriel fez este ano inteiro”, ressaltou.
Na última volta, com dois pneus na grama, o jovem ainda teve tempo de superar mais um adversário e comemorou muito a segunda colocação na corrida que foi vencida pelo argentino Franco Colapinto.
Então, para fechar o último final de semana da temporada, na manhã deste domingo foi disputada a última etapa do campeonato. Gabriel, que largou na terceira fila, pulou para a quarta colocação logo antes da primeira curva. Mais uma volta foi necessária para que o brasileiro alcançasse o terceiro lugar e seguisse na busca pela liderança. No minuto seguinte, devido a um erro na entrada da curva parabólica, Gabriel perdeu várias posições, caindo para o nono lugar.
A etapa de monza teve a entrada do safety car em três momentos, trazendo muitas interrupções e fazendo com que a corrida tivesse pouquíssimas voltas com bandeira verde.
Aproveitando todas as oportunidades, Gabriel fez uma corrida de recuperação e, por isso, terminou a corrida na quinta colocação. O campeão ainda conseguiu a volta mais rápida da prova somando, ao todo, mais 20 pontos para a classificação final do Campeonato. “O brasileiro é, digamos, um workaholic com preparação, hoje em dia, não vejo nenhum piloto na F3, nem na F2, que faça tanto simulador quanto ele. Muito menos na F1. Quem sabe talvez o Verstappen”, comentou Alexandre.
Caio Collet, outro brasileiro piloto da F3, terminou a prova em quarto e o campeonato em nono, com uma vitória e quatro pódios. A vitória ficou com Jonny Edgar, sua primeira na categoria, em um pódio 100% britânico, e com os resultados deste domingo, a Prema confirmou o título entre os construtores na F3, batendo a Trident, equipe de Bortoleto, por 19 pontos. Já a pontuação dos pilotos confirmou o título de Gabriel com 164 pontos.
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