Conheça a carreira de Gabriel Bortoleto: do início no kart, aos seis anos, à conquista do Mundial de Fórmula 3 no dia 02 de setembro ultimo
Por Daniel Moraes Bueno
Gabriel Bortoleto Oliveira nasceu dia 14 de outubro de 2004 na cidade de São Paulo. Começou a correr de kart aos seis anos, por influência do irmão mais velho, Enzo Bortoleto, que foi vice-campeão da Stock Light e hoje é o chefe da equipe KTF Sports, além de também acompanhar a carreira do irmão. Passou pela categoria Cadete no Brasil antes de mudar-se para a Europa, há cinco anos. Destacou-se especialmente em 2018, quando ficou na terceira colocação no Mundial e no Europeu CIK-FIA, categoria OK Junior, além de ter sido campeão do Sueco de kart e vice na WSK Super Master Series, o mesmo campeonato que consagrou Max Verstappen, Lewis Hamilton e Charles Leclerc, por exemplo.
A mudança para carros de fórmula veio em 2020, quando Gabriel disputou a F4 italiana. Pela Prema, equipe também presente na F2 e na F3, o brasileiro correu ao lado de Dino Beganovic, Sebastian Montoya e Gabriele Minì. Com o quinto lugar no campeonato, foi o terceiro melhor carro do time, atrás do campeão Minì e do terceiro, Beganovic. Ao longo da temporada, o paulista conquistou uma vitória e quatro pódios.
No ano seguinte, o jovem seguiu para a Fórmula Regional Europeia (FRECA), juntando-se à FA Racing, equipe do bicampeão mundial de F1 Fernando Alonso. Bortoleto ficou com a 15ª colocação geral, a quinta melhor marca dentre os 25 calouros na categoria.
Em 2022, houve uma breve mudança de ares: o piloto seguiu na FRECA, mas migrou para a R-Ace GP, equipe campeã da temporada anterior. A bordo do carro francês, o jovem brasileiro conquistou duas vitórias e cinco pódios, que lhe renderam o sexto lugar geral no campeonato.
No final de setembro de 2022, Gabriel participou do teste de pós-temporada do Campeonato de Fórmula 3 da FIA em Jerez com a equipe Trident Racing. Pouco depois, foi anunciado como piloto da mesma para 2023, tornando-se o primeiro piloto a ser anunciado para uma equipe para a próxima temporada.
(Foto:Reprodução)
Em seu primeiro ano na categoria, o jovem talento conquistou o título neste final de semana. Este é o primeiro título do Brasil na nova Fórmula 3, porém, esse modelo é novo e outros brasileiros venceram a tradicional F3 Inglesa, coroando inclusive os nossos três campeões mundiais Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna.
Nas décadas de 70 e 80, este era o último degrau antes da F1. Segundo o jornalista e analista de automobilismo, Alexandre dos Santos, “Gabriel é jovem, talvez seja cedo para pensar em um contrato com a categoria principal, porém ele está mais do que preparado para ser dominante na Fórmula 2, onde com certeza ganhará muita experiência”, relatou.
Desde 2017, quando Felipe Massa se despediu da categoria, o Brasil vive um hiato no grid, ainda que bons nomes tenham surgido, como Felipe Drugovich, campeão da F2 em 2022. Sobre essa questão, Alexandre comentou que “o aspecto financeiro passou a ser um grande obstáculo para os brasileiros. De acordo com levantamento da empresa DNA Racing, especializada em acompanhamento da carreira de pilotos, a trajetória até a F1 pode custar, pelo menos, 11,9 milhões de euros (R$63,98 milhões)”, completou ele.
Agora, as provas de F3 fazem a preliminar da F1, correndo na mesma pista e no mesmo paddock, ajudando a estes jovens talentos chamarem atenção de equipes e empresários.
Foi o que aconteceu com Bortoleto. Em sua corrida de estreia, onde já saiu vitorioso, Fernando Alonso, bicampeão mundial da Fórmula 1, filmou o pódio com o hino brasileiro de seu próprio celular. O espanhol tem uma empresa de gerenciamento de pilotos chamada A14, e já fechou com Gabriel para ajudar a carreira do brasileiro nestes próximos passos, incluindo as próximas etapas de sua carreira com uma certa migração para a Fórmula 2 e quem sabe para a principal categoria, a Fórmula 1.
Para saber mais sobre como foi o final de semana decisivo, acesse:https://contextojornalismo.com/2023/09/07/aos-18-anos-bortoleto-e-campeao-mundial-da-formula-3/
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