Diplomacia brasileira tenta buscar uma solução para o fim do conflito entre os dois países

Por Vivian Eduarda de Oliveira Ferreira

A Guerra entre Rússia e Ucrânia já dura quase um ano e meio e ainda não tem previsão para acabar. Em um momento em que este conflito parece cada vez mais nebuloso, o Brasil procura manter a imparcialidade, para não se desgastar com os países envolvidos.

Segundo a professora de Geografia Carla de Santana Mendes, “quando houve a invasão na Ucrânia, ainda no governo de Jair Bolsonaro, o país manteve-se neutro, pois dias antes o presidente tinha se encontrado com o governo russo, firmando acordos comerciais relacionados à importação de fertilizantes”.

No entanto, manter-se neutro está sendo um desafio, pois em fevereiro deste ano, já sob o comando do novo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, o país manifestou uma inclinação na direção da Ucrânia, votando a favor de uma resolução na Assembleia Geral da ONU, condenando a invasão russa.

Depois dessa reunião da ONU, Carla diz que “esta guerra criou um problema de diplomacia para o nosso país”. Ela explica ainda que, de certa forma, por sermos parceiros comerciais da Rússia, podemos ser afetados indiretamente quanto à importação de fertilizantes, óleos combustíveis, petróleo ou de minerais betuminosos, além de medicamentos e produtos farmacêuticos.

Atualmente, o Brasil vem tentando fazer um trabalho de mediação para o fim do conflito, defendendo a criação de um G20 da paz. Para a professora Carla, “de certa forma o governo atual propôs a criação de um comitê para buscar o fim da guerra, depois das declarações infundadas do presidente Lula, acusando a Ucrânia de culpada pela invasão Russa, e declarando que os EUA e a União Europeia estavam incentivando a guerra com o apoio da Ucrânia”.

Contudo, essa proposta não agradou a Ucrânia e o porta voz da diplomacia ucraniana criticou o Brasil por colocar a vítima e o agressor no mesmo nível e por atacar os aliados da Ucrânia. “Essas declarações criaram um mal-estar entre as nações e o governo brasileiro, sendo assim, para remediar essas declarações infundadas, [Lula] propôs esse comitê de paz”, conclui a professora.

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