A tão famosa boneca, nas prateleiras de lojas de brinquedo de todo o mundo desde 1959, agora ganha adaptação para o cinema
Por Livia Ruela
Com lançamento previsto para o mês de julho, o longa-metragem Barbie, produzido pela Warner Bros e dirigido por Greta Gerwig, carrega grande expectativa de bilheteria.
Com dois grandes sucessos no currículo, como “Adoráveis Mulheres” e “Lady Bird”, Greta agora possui mais uma promessa em mãos. Embora, nesse caso, tenha o peso de uma primeira adaptação live-action da boneca mais famosa do mundo.
Com direito a diversas capas da Vogue, o marketing do filme conta com imagens vibrantes, cobertas de rosa, relações com outros sucessos do cinema e um casting que, no mínimo, atrai um público variado.

Segundo Hannah Cirillo, formada em cinema pela Fundação Armando Alvares Penteado, o longa-metragem pressagia uma inovação quanto à fotografia. “Só de olhar o trailer é algo muito colorido, o que se diferencia dos últimos lançamentos (muito escuros)”, afirma ela.
Recentemente, a Disney recebeu críticas quanto à falta de cores no filme “A Pequena Sereia”, porém, enquanto a empresa foi fadada a mudanças de última hora, a Warner Bros parece ter acertado de primeira com a identidade visual, extremamente colorida, de Barbie.
De acordo com a designer do filme, Sarah Greenwood, para criar o cenário perfeito da chamada Barbieland, foi necessário praticamente toda tinta rosa da indústria internacional, chegando a causar um desfalque comercial. “O mundo ficou sem rosa”, disse ela em uma entrevista à Architectural Digest.
Além disso, o longa gera uma expectativa para pessoas de diferentes épocas que, em algum momento, foram consumidoras da boneca Barbie. Logo, a suposição dos críticos é que a imagem da personagem será construída de maneira mais racional e adulta na trama, diferente das animações da protagonista.
“Muita gente cresceu em torno disso, então é um realismo para várias gerações”, acrescenta Cirillo. Mesmo que ainda não se saiba a classificação indicativa do filme, tudo indica que a história será voltada para os jovens adultos.
Ademais, o elenco do filme reafirma as expectativas de bilheteria. O casting varia desde ex-astros de luta livre, como John Cena, a cantoras pop, como Dua Lipa. Mesmo que estrelado por Margot Robbie, a atriz será apenas uma das diversas versões da boneca, uma aposta de diversidade que contribui para um fator interessante da expectativa para o filme: a variedade do público.
Ainda que a boneca seja, historicamente, cercada de estereótipos de beleza e comportamento feminino, o marketing da Warner Bros promete muito mais personalidade e diversidade para o longa. Com essa esperança é que muitos conhecedores diferentes da loira, alta e perfeita Barbie se interessaram pelo lançamento.
O trailer mais recente do filme, lançado no dia 25 de maio, é mais uma jogada para atrair bilheteria. Foram utilizadas menções a sucessos do cinema como “Matrix”, dirigido por Lilly e Lana Wachowski, e “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick, ambos aclamados pelo enredo distópico.
De certo, o que resta ao público é aguardar pelo lançamento do filme nos cinemas, mas, ainda assim, é incontestável a qualidade de produção depositada no longa-metragem.
