Nos últimos tempos, houve um crescimento significativo no número de internações por câncer colorretal entre os mais jovens. Esse fenômeno está intimamente ligado aos hábitos alimentares.

Por Maria Cecília Gradin Itokagi

Foto: Carla Montoril Prado

O cenário atual caracteriza-se por uma forte atuação publicitária acerca de alimentos não saudáveis e sem valor nutritivo. Eles são atrativos, já que possuem baixo custo e praticidade na hora do consumo. Os fast-foods são um grande exemplo. O aumento da incidência de câncer intestinal cada vez mais expressivo nas últimas décadas possui ligação direta com esse contexto.

Em 2020, segundo o IBGE, dados apontam que houve um aumento de 17% no consumo de fast-foods.

Carla Montoril Prado, nutricionista clínica funcional, ressalta a importância de se adquirir um hábito alimentar saudável na nossa rotina como uma medida preventiva da doença. De acordo com a nutricionista, há alimentos que devem ser evitados no nosso consumo diário.

“Os alimentos que podem desenvolver o câncer de intestino nos dias atuais estão relacionados com os industrializados, processados e ultraprocessados como os embutidos dentre eles linguiça, salsicha, presunto entre outros frios, refeições congeladas industrializadas e bebidas açucaradas, uma vez que os mesmos levam conservantes, corantes, gorduras hidrogenadas e químicos que intensificam o risco”, disse.

O modo ao preparar a refeição também pode ser nocivo à saúde. Carla ainda explica que “é importante lembrar que a forma de preparo dos alimentos também é relevante no assunto, por exemplo carnes assadas e preparadas como churrasco, ou fritas, a gordura e a fumaça formada pelo aquecimento podem ser um agravante e contribuir ainda mais para o desenvolvimento da doença”.

A especialista aponta os principais alimentos básicos para uma dieta nutritiva e adequada. “A dieta ideal é a base de uma alimentação equilibrada, que auxilie o corpo a combater os radicais livres formados no metabolismo, essa dieta pode ser chamada de anti-inflamatória ou desintoxicante, é constituída em fibras solúveis e insolúveis, verduras e frutas frescas, grãos integrais, feijões, carnes magras, ovos e gorduras como azeite extra-virgem e castanhas”, afirma.

“Esses alimentos são ricos em vitaminas, minerais e enzimas que favorecem a desintoxicação”, complementa Prado.

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