Na edição deste ano, Djokovic se tornou o maior vencedor de Grand Slams e a tenista brasileira Bia Haddad surpreendeu o mundo ao chegar à semifinal

Por Pedro César Rodrigues

(reprodução: redes sociais)

Entre os dias 22 de maio e 11 de junho, aconteceu em Paris, na França, a 127° edição de Roland Garros. O torneio contou com a participação dos principais tenistas do mundo, com a vitória de Novak Djokovic e a brasileira Bia Haddad surpreendendo a todos ao chegar à semifinal da competição, o que não acontecia desde os tempos de Guga. Outro destaque brasileiro foi Thiago Wild, cuja ótima participação também chamou a atenção.

A tenista Bia Haddad chegou até as semifinais da competição, superando grandes atletas, como a turca Nos Jabeur e a russa Ekaterina Alexandrova. Só teve seu sonho adiado quando enfrentou a número 1 do mundo Iga Swiatek. Após vencer a brasileira, Iga ganhou da tcheca Karolína Muchová e se consagrou tricampeã do Aberto da França.

Apesar de não conseguir o título, o resultado da Bia encheu o país de orgulho e de esperança, inclusive por parte dos especialistas do esporte. “Vejo a Bia muito mais madura depois dessa campanha histórica, quanto mais experiências como essa ela tiver, mais preparada ela vai estar para quem sabe um dia conquistar um título de Grand Slam. Eu confio muito que ela vai conseguir”, disse Rafael Siviero, administrador do perfil @sempretenis no Instagram.

Já Thiago Wild enfrentou o até então número 2 do mundo, Daniil Medvedev logo na primeira rodada, e com uma atuação de altíssimo nível venceu o russo por 3 sets a 2. O brasileiro acabou parando na terceira rodada, quando foi superado por Yoshihito Nishioka, em um jogo que seu preparo físico deixou a desejar, não lhe proporcionando a intensidade necessária para bater o japonês.

Histórias como essas possuem uma importância muito elevada para o desenvolvimento do tênis no Brasil. O esporte se encontrava em um momento de inércia, sem receber muita atenção e investimento, mas agora existe a possibilidade de mudança de cenário. “A presença do tênis não é muito massiva no país, mas a gente sabe o que aconteceu quando o Guga foi tricampeão de Roland Garros, havia fila nas escolinhas de tênis. Então, temos conhecimento das consequências de campanhas como essa da Bia”, completa Rafael.

Os primeiro sinais foram vistos durante o próprio torneio. A ESPN Brasil bateu recorde histórico de audiência durante a partida da brasileira contra a Iga Swiatek, superando o número de telespectadores de Rafael Nadal versus Roger Federer pelo Australian Open de 2017.

Falando em histórico, Novak Djokovic conquistou o Roland Garros masculino após superar pelo caminho o jovem espanhol, e tido por muitos como favorito, Carlos Alcaraz que sofreu muito com as câimbras a partir do segundo set. De acordo com o próprio atleta, o psicológico atrapalhou seu corpo, pois a partida foi uma verdadeira batalha mental.

Na final, o sérvio bateu a promessa norueguesa Casper Ruud por 3 sets a 0, dominando a partida e se sobressaindo nos pontos mais importantes.

Com este título, Djokovic se isola como o maior vencedor de Grand Slams na história do tênis com 24 títulos e deixa para trás Rafael Nadal com 23 e Roger Federer com 20. Além disso, toma de volta o posto de número 1 do mundo no ranking da ATP, podendo aumentar ainda mais o recorde que já lhe pertence como o jogador que mais vezes esteve no topo, ao todo foram 388 semanas, equivalente a 2716 dias como líder do circuito.

“Djoko” quase sempre foi visto como terceira força quando comparado ao Federer e Nadal. Hoje, o sérvio não cabe mais nessa prateleira. “Tecnicamente e estatisticamente o melhor tenista da história é o Djokovic sem dúvida alguma”.

Rafael ainda diz que é necessário diferenciar “melhor” de “maior”, pois para eleger o maior de todos os tempos é necessário considerar o que é feito fora da quadra, o exemplo que é passado pelo tenista e acabaríamos entrando em méritos pessoais, por isso a única afirmação possível é que Novak Djokovic foi o melhor entre os melhores.

Seja no saibro, no cimento ou na grama, se tem “Djoko”, tem dança.

(Jornalista Rafael Siviero)

Deixe um comentário