A mulher do século “retorna do tempo” com sua sexta turnê, Renaissance World Tour
Por Eshiley Lis Sousa
Após anos sem entrar em turnê, a cantora Beyoncé deu início a “ Renaissance World Tour” , espetáculo que promete impressionar o mundo através de uma performance libertadora, futurista e glamourizada, assim como seu álbum Renaissances lançado em 29 de julho de 2022.
A apresentação contabiliza três horas de duração, tornando-se o show mais longo de sua carreira. A turnê foi iniciada em 10 de maio de 2023 na Friends Arena de Estocolmo, Suécia, e seguirá, a partir do dia 12 de julho para os Estados Unidos.
O álbum Renaissance foi produzido durante o período pandêmico. Na perspectiva global, o mundo e as pessoas estavam passando por um momento de desafio, autorreflexão, dificuldades, intimidades ao extremo, saudades e outras características que formam o aspecto “humano”. Sendo assim, a cantora reflete em seu álbum uma outra face de si mesma.
A cantora carregou por anos sua fase mais comercial, com músicas boas, dançantes, grandes hits que invadem a pista de dança até hoje, mas a visão dessa Beyoncé era de Diva em questão de produto.
Para o jornalista e social mídia Thiago Santos, “por muito tempo ela tinha que ser perfeita, provar seu valor, provar que merecia prêmios títulos e reconhecimento. Com isso, ela buscava ser “um ser comercial perfeito”, agora ela está no topo, não precisa mais carregar o peso de provar seu valor e mérito. Agora ela curte show, ela brinca mais, sorri mais, ela erra a letra da música e segue como se estivesse tudo bem, porque agora ela pode”.
Thiago explica também que “agora ela se mostra mais humana. Sujeita a falhas, erros, desejos, prazeres, história e negritude. Ela continua com seu poder e força, mas agora se complementa com o real”.

A tracklist divulgada no site da artista apresenta 18 músicas, mas o espetáculo está contemplado com um repertório estimado em 36 músicas composto por diversos hits da sua carreira como “Dangerously in Love 2”. “Crazy in Love” e “Run the World (Girls)”.
“Os clássicos são importantes, pois o fã que não teve possibilidade de ir no show dela nos anos anteriores pode ter esse contato com as músicas antigas. Vejo de uma forma atenciosa dela com os fãs colocar os clássicos na setlist”, pontuou o jornalista.
Na turnê, destacam-se também músicas como “Break my soul” e “Cuff it”, apresentadas pela primeira vez ao vivo para os fãs.
O evento apresenta-se como um lugar seguro, sem julgamentos, onde pode ser explorado a força, sexualidade, corpos dançantes, o amor e as origens sem medo da descoberta.
O espetáculo como um todo evidencia o motivo de Queen B ser Queen B. A estrutura escolhida para o show se funde a coreografia, encenações, imagens e inserções de fases da vida da cantora que passa ao fundo do palco ao longo do show. Sintonizando as suas versões do passado com a sua fase futurista do presente, o afrofuturismo.
“O futuro sempre é branco, beyonce traz a ideia de um futuro negro, brilhante, glamourizado e papalvel para as pessoas pretas”, afirmou.
Segundo especialistas, a apresentação da nova face da cantora desperta um desejo pelo conhecimento de origem. Pois ela inseriu em suas novas músicas, muitas batidas, passos de dança e expressões de sua ancestralidade, do momento do afrobeat, era disco, entre outros momentos da história do povo preto.
A rainha cumpre com as expectativas. Nessa composição real e humana, ela conquista cada vez mais fãs. “Ela sempre está entregando algo, seus temas servem para a vida adulta e madura, mas também serve para o adolescente que está se aceitando, se descobrindo, curtindo seu tom de pele, entendendo e aceitando sua sexualidade. Ela serve para os dois. Ambas idades da vida vivem a sua sexualidade, família, liberdade, racionalidade, origem e o amor”, ponderou Thiago.

Renaissance World Tour vai além de um show, é uma entrega mútua entre os fãs e a cantora que se mostra acessível, carinhosa, profunda, poderosa e forte. Partindo disso, fãs de outros lugares do mundo aguardam divulgação para possíveis shows em seus países.
Os fãs brasileiros da rainha também aguardam e fomentam burburinhos de que a cantora virá para o Brasil depois dela mencionar fãs brasileiros em Estocolmo.
Logo, Queen B se renova, se aprimora e ressurge com lucros, estrutura, presença, música, representatividade e verdade que só comprovam que ela é a mulher do século e que Renaissance World Tour é o início de uma nova era.
