Casos ocorridos nas últimas semanas deixam estudantes da Unesp de Bauru preocupados com a insegurança
Por Mário Roque

Campus UNESP de Bauru
Divulgação: UNESP
Nas últimas semanas, os alunos da UNESP de Bauru vêm sendo atingidos por uma onda de medo. Por meio de ameaças, assédios e até mesmo furtos, os criminosos expõem a falta de segurança para os estudantes na faculdade, levantando diversas discussões e opiniões sobre o assunto.
No dia 13/04, o CEUB (Conselho Estudantil da UNESP Bauru) mobilizou estudantes para um protesto exigindo mais segurança no campus. O ato veio como resposta a dois acontecimentos que abalaram os estudantes durante a semana. O primeiro deles foi o furto de uma bicicleta de um aluno em frente à biblioteca da universidade, e o outro se trata de um assédio no ponto de ônibus da faculdade.
Por meio das redes sociais, o CEUB ressaltou que “a Unesp de Bauru é o maior campus do estado e possui estrutura com seguranças e câmeras. No entanto, casos como esse continuam a se repetir”, demonstrando a indignação dos estudantes com os acontecidos.
Além do furto e do assédio, diversas ameaças de massacre circularam online em inúmeros grupos de mensagens dos estudantes, causando pânico, e até mesmo levando professores a realizarem suas aulas de forma online.
A UNESP de Bauru, por meio de um comunicado no dia 12/04, afirmou ter ciência das ameaças. “A reitoria e as direções do campus estão monitorando todas as mensagens e boatos e informaram que, até o momento, não há nenhuma ameaça concreta”, informava a nota.
E no final do comunicado, a universidade aconselhava os alunos em relação à disseminação das informações: “É importante não alimentar essa movimentação destinada a gerar insegurança e manter a serenidade em nossas atividades”.
O vice-diretor da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC), em Bauru, relata que ambos os casos que aconteceram dentro da faculdade foi feito um boletim de ocorrência, e que medidas estão sendo tomadas por meio da administração geral, como o fechamento de algumas entradas da universidade.
“A posição, tanto da direção como da AG (administração geral), é tomar toda e qualquer medida possível para blindar e dar segurança às pessoas que estão no campus”, disse Juarez.
O vice-diretor também comenta sobre as ameaças em redes sociais e grupos de conversas que aconteceram com frequência nas últimas semanas, e cita que medidas foram tomadas internamente por decisão da administração geral e da coordenação. “Internamente, houve uma grande intensificação da segurança ao redor das universidades, além de um aumento e um replanejamento da vigilância do campus”, explica.
O estudante Heitor Higuchi, atualmente cursando Design Gráfico na UNESP de Bauru, relatou sua preocupação com a segurança. “Sinto que a UNESP se mostrou despreparada para, caso o pior acontecesse, garantir a segurança de seus alunos”, disse. Heitor ainda cita medidas que deveriam ser tomadas pela faculdade com urgência, como uma melhor iluminação e maior controle de quem entra e sai do campus de Bauru, para que, assim, os estudantes se sintam mais confortáveis e seguros.
