Letícia Hasman dos Santos

Origem

No século VII, quando os árabes invadiram o Egito, o principal fruto da apropriação cultural foi terem tomado conhecimento da Dança do Ventre e, posteriormente, a terem espalhado pelo mundo. Chamada de raqṣ sharqī (رقص شرقي) no Oriente, cujo significado em árabe é “Dança do Leste”, a prática da dança se estende a todos os demais países, contudo foi ao adentrar o Ocidente que recebeu o caráter erótico e o apelo sexual pelos quais são, majoritariamente, conhecida.

Características

Os principais movimentos são:

  • Movimentos redondos: a circundução do peitoral ou do quadril;
  • Movimentos de braços e mãos marcados pela delicadeza e pela leveza;
  • Movimentos em oito: o quadril desenha um oito, tanto para a direita quanto para a esquerda;
  • Movimentos da cabeça são marcados pelo deslocamento lateral;
  • As expressões faciais são fundamentais para expressar o sentimento da dança: tristeza, alegria e sensualidade são os mais comuns.

A Dança do Ventre admite os mais variados ritmos e estilos para acompanhar as alternâncias nos movimentos e números específicos, os mais regulares são: músicas folclóricas, clássicas, modernas, solos de percussão e o taskin. Além da técnica convencional de dança, que faz uso somente do corpo, sem incorporar objetos cênicos, na Dança do Ventre é comum o uso de acessórios, como o pandeiro, o véu, a vela e a espada.

Há vertentes que discutem sobre qual a maneira correta de como a Dança do Ventre deve ser performada: ao passo que uma linha de pensamento acredita que a dança surge na bailarina em concordância com o seu estado de espírito, outras vertentes defendem que a dança tenha que ser previamente ensaiada. A despeito das divergências, no cerne da Dança está, além de todos os movimentos básicos, uma vibração generalizada e bem controlada de todo o corpo ao mesmo tempo que a cabeça, mãos e quadris acompanham as entonações da música.

Dança dos Sete Véus

O Hijab, “véu” traduzido do árabe”, na Dança dos Sete Véus simboliza a verdadeira essência da mulher. Envolvidas com sete véus, nas cores vermelho, laranja, verde, azul, lilás e branco, respectivamente, as sacerdotisas retiravam cada véu sucessivamente e permitiam uma interação suave do próprio corpo com as vestes. A retirada dos véus sugere a revelação gradual da Luz, revelando existir algo precioso que, antes, estava escondido.

Enquanto a simbologia por trás do número sete é herança de Pitágoras, filósofo que trouxe os conhecimentos de Numerologia para o Ocidente. Segundo os estudos desenvolvidos por ele, o número sete é fruto da combinação do Três (Céu) com o Quatro (Terra): o 3, representado por um triângulo, é o Espírito; o 4, representado por um quadrado, é a Matéria. O sete, portanto, é a totalidade dos mundos que, na dança, eleva a mulher em direção à plenitude do conhecimento.

Benefícios

  • Ativa a circulação, aumenta os reflexos e alivia as tensões;
  • Auxilia em problemas menstruais, hormonais e partos, diminuindo cólicas, equilibrando as funções sexuais e facilitando as dilatações e contrações;
  • facilitando as dilatações e contrações; Melhora o ritmo, coordenação, equilíbrio e memória;
  • Alonga toda a musculatura;
  • Relaxa e traz bem-estar emocional;
  • Atua diretamente no centro da energia do corpo, que se encontra no ventre, distribuindo a mesma de forma equilibrada.

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