
Jogadores palmeirenses erguem a taça da Copinha
JÚLIA HILSDORF
As equipes sub-20 do Palmeiras e do América Mineiro se enfrentaram na última quarta-feira (25), às 15 horas e 30 minutos do horário de Brasília, em partida válida pela final da copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha como é conhecida. Tradicionalmente disputada no dia do aniversário da capital Paulista, a grande final teve como sede o Estádio do Canindé, casa da Portuguesa, e contou com um público de 17,5 mil pessoas.
O JOGO
O alviverde paulista do técnico Paulo Victor foi a campo escalado com Aranha; Henri, Talisca, Léo, Estêvão, Pedro Lima, Kevin, Gustavo Mancha, Edney e Vitinho. Mudando apenas dois jogadores, Ruan Ribeiro e David Kauã por Estêvão e Edney, do onze titular que conquistou a vaga para a final contra o Goiás no sábado (21).
Já o time mineiro, treinado por Mairon César, veio escalado com Cássio no gol; Samuel, Jonathan, Júlio, Breno, Paulinho, Luan Campos, Matheus Henrique, Renato Marques, Theo e Adyson. Exatamente a mesma equipe que passou pelo Santos no domingo (22) pela semifinal da competição.
Desde o início, a partida foi equilibrada com momentos de oportunidade para ambas equipes. Mas foi do Palmeiras que veio a primeira chance de gol, aos nove minutos, em uma saída errada da defesa adversária onde Vitinho chutou para fora.
Não demorou muito para que o América respondesse à altura. Aos onze minutos o atacante Adyson obriga o goleiro Aranha a fazer boa defesa. A bola ainda sobrou para o ataque mineiro mas ninguém conseguiu abrir o marcador.
Foi dos pés de Ruan Ribeiro, o artilheiro da competição, que o Palmeiras saiu em vantagem no placar. Vitinho cruzou na área adversária para Ruan apenas empurrar a bola para dentro da rede e marcar o primeiro gol do jogo. Palmeiras 1×0 América Mineiro.
A partida teve que ser interrompida aos trinta minutos para uma parada técnica. Devido ao calor e ao sol da cidade de São Paulo durante a tarde, foi solicitado que os jogadores se hidratassem para que a partida pudesse ser retomada com segurança.
Após sofrer o gol, a equipe do América passou a propor mais o ritmo de jogo, fazendo com que o Palmeiras atuasse mais em seu campo de defesa, com direito até a bola no travessão.
Poucos minutos depois, os mineiros buscaram o empate em uma penalidade. Em um lance polêmico, Renato Marques fez a cobrança antes de o juiz autorizar, que foi defendida pelo goleiro palmeirense. O lance teve que voltar a pedido do árbitro e, desta vez, o atacante balançou as redes do Canindé. Intervalo de jogo, Palmeiras 1×1 América Mineiro.
Para o segundo tempo, o time paulista propôs já na saída do vestiário uma alteração: sai Léo e entra Patrick. Novamente o jogo se apresentou equilibrado com boas oportunidades das equipes. Dessa vez, foi o América que chegou perto do gol primeiro. Em uma cobrança de escanteio, Luan marcou o que seria o gol da virada, mas se encontrava em posição irregular.
O Palmeiras seguiu fazendo mudanças na equipe com a saída de Gustavo Mancha e a entrada de David Kauã. Os times mantêm ritmo de jogo entre atacar e defender, mas nenhum consegue furar o bloqueio adversário. Mais alterações são feitas, dessa vez para ambos os lados: saem Estêvão, Ruan Ribeiro e Kevin e entram Gilberto, Thalys e Daniel da Silva do lado palmeirense, enquanto saem Breno, Jonathan e Theo para a entrada de Heitor. Rafael Barcelos e Guilherme Kanté para a equipe do América.
Com a partida se encaminhando para as penalidades máximas, o juiz acrescenta mais cinco minutos para o tempo regulamentar do jogo. A base palmeirense por sua vez só precisou de 3 desses 5 minutos para buscar o gol do título. Após várias rebatidas na bola, Patrick de cabeça consegue mandar pro fundo do gol.
O América até tentou mandar o time mais para frente nos minutos finais com a saída de Paulinho e Matheus Henrique para dar lugar a Yago e Jurandir, mas sem eficiência, não chegaram ao gol de empate. Fim de jogo, Palmeiras 2×1 América Mineiro.
AS EQUIPES
O América Mineiro chegou ao vice-campeonato após uma campanha em que não era cotado como um dos favoritos ao título. Os mineiros deixaram para trás times como o São Paulo e tiveram uma campanha perfeita, sendo o único jogo perdido justamente o da final. Vale lembrar que a equipe chegou à grande final após golear o Santos, até então atual vice-campeão, por 3×0, em jogo realizado na Vila Belmiro, estádio do próprio time litorâneo.
O Palmeiras, por sua vez, leva o bicampeonato sem grandes surpresas. A equipe já tinha conquistado diversos títulos na categoria ao longo da última temporada, e mesmo sem Endrick, a grande revelação palmeirense da conquista da copinha de 2022, mostrou o potencial da base alviverde e levou mais um troféu. Os palmeirenses foram campeões com 100% de aproveitamento e se juntam a Corinthians, Santos, São Paulo, Internacional, Atlético Mineiro e Portuguesa como os únicos times a alcançarem tal feito.
A COMPETIÇÃO
O torneio organizado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) chegou a sua 53ª edição no ano de 2023. Realizada tradicionalmente no estado de São Paulo durante o mês de janeiro, embora não se trate de uma competição exclusivamente estadual, conta com a participação de times de todos os estados do Brasil.
Atualmente possui 128 vagas, número esse que passou por várias alterações (sempre aumentando) ao longo da história, para que cada vez mais times tivessem a oportunidade de participar. Destaca-se que um dos intuitos do aumento de participantes é justamente trazer visibilidade ao futebol de estados pouco valorizados do Brasil.
É seguido pela federação um formato em que os 128 times se dividem em 32 grupos de 4 integrantes para a fase inicial. Essas 4 equipes jogam entre si por 2 vagas de acesso ao mata-mata que se inicia em 32 avos de final. A partir daí, todas as etapas são disputadas em jogo único. A final era tipicamente sediada no Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, mas devido sua reforma, ela teve como sede, nas duas últimas temporadas, Allianz Parque e Canindé.
