CAMILA TERRA

O último capítulo da Copa do Mundo Catar 2022 está próximo. Das 32 seleções restaram apenas duas: França e Argentina.
A final acontecerá neste domingo (18) às 12h, ambas as seleções buscam o tricampeonato.
De um lado os argentinos, campeões pela última vez em 1986 com Maradona e “La Mano de Dios”, tentam o terceiro título, agora comandados por outro gênio: Lionel Messi. Do outro lado, os franceses, vencedores em 2018, buscam igualar o feito de Brasil e Itália se tornando a terceira equipe a conquistar duas vezes a Copa do Mundo de forma consecutiva. Veja a seguir como chegam as equipes para a final.
França:
Desde antes da Copa os franceses eram apontados como um dos favoritos. Apesar das lesões, seis jogadores titulares cortados antes e durante a competição, eles não decepcionaram e chegaram à grande decisão mais uma vez.
Individualmente, a grande estrela é Kylian Mbappe. Ele soma cinco gols e duas assistências na competição, sonhando com o prêmio de artilheiro e melhor jogador. Porém, vem de dois jogos mais apagados, mas quando se trata de um jogador do seu nível, a qualquer momento ele pode ser decisivo.
Além do camisa 10, a França tem Antoine Griezmann, eleito o melhor em campo na partida contra o Marrocos nas semifinais e um dos líderes de assistência do torneio. Ele é o principal criador por trás desse time e entrega muito taticamente, ajudando em todos os setores.
Também contam com outros grandes nomes que formam esse coletivo tão forte, entre eles, Lloris, Dembele, Touchameni e Giroud. No papel, a França possui um dos melhores elencos da Copa e é superior ao do outro finalista.
Argentina:
A seleção Argentina vinha com 36 jogos de invencibilidade. No entanto, a sequência foi quebrada logo na primeira partida pela Arábia Saudita e a derrota fez com que muitos duvidassem da equipe. Porém, no mesmo dia, em entrevista, o capitão, Messi, pediu que continuassem a acreditar e não desistissem do time. A torcida ouviu, confiou, foi aos estádios e cantou, e os jogadores corresponderam. Desde a estreia foram cinco finais para Argentina, todas vencidas com êxito.
E se os hermanos podem jogar mais uma final é porque têm no elenco um dos melhores jogadores da história. Lionel Messi faz a sua melhor Copa da carreira aos 35 anos de idade, tendo marcado gols contra todos os adversários no mata-mata. O craque quer encerrar seu ciclo com a albiceleste com o título que lhe falta: A Copa do Mundo. E para isso não falta vontade, jogou todos minutos possíveis e soma cinco gols e três assistências no torneio.
Para além do camisa 10, os torcedores se animam com Julian Álvares. O jovem jogador conquistou a posição durante o campeonato e já marcou quatro gols. Também contam com Di Maria, Enzo Fernández e outros bons nomes, entre eles, o goleiro Emiliano Martínez, exímio pegador de pênaltis.
Os holofotes estão na dupla do Paris Saint Germain: Mbappe e Messi são um embate a mais nesse confronto.
Passado e presente contra presente e futuro. De um lado, um jogador consagrado, entre os melhores da história que está no fim de sua carreira; de outro, um dos melhores jogadores do mundo que carrega as expectativas de ser o grande craque da próxima geração.
Vale ressaltar que Messi quer fechar a sua carreira com esse título. É o que lhe falta, já Mbappe, apesar da idade, não carrega esse peso, pois já foi campeão.
O jogo também será decisivo para os prêmios individuais, já que ambos são artilheiros com cinco gols. Para Paulo Felipe, o prêmio de melhor jogador está entre Messi e Mbappe: “quem ganhar o campeonato vai ganhar o prêmio de melhor jogador da Copa. Na minha opinião será decidido junto com o título”, diz.
Letícia Borrelli vê Mbappe como favorito ao prêmio. Já Natasha Dermet destaca o Messi: “o que ele tem feito pela Argentina é absurdo, muitos gols e tem participado muito. Mesmo se a Argentina não ganhar, acho que ele merece o prêmio”. Ela também ressalta o grande torneio de Mbappe e Griezmann.
A expectativa pré jogo é enorme e o Mundo irá parar para ver essa final. Os hermanos tem esperança de que o fim seja diferente de 2014, que dessa vez após 36 anos voltem a levantar essa taça.
“As minhas expectativas são de um jogo bem acirrado por serem grandes times com grandes nomes, não só do Messi e do Mbappe”, diz Júlia Pupo ao ser perguntada sobre a final. Ela vê a França como favorita. “A Argentina tem mostrado um futebol mais fraco desde a primeira disputa, comparado à França”.
Borrelli afirma que via a Argentina favorita junto com o Brasil antes da Copa e revela sua torcida pelos hermanos por não gostar da ideia de uma seleção ser campeã duas vezes seguidas. “Seria muito bom ver o Messi levantando a taça, seria um fim de carreira em copas do mundo muito bonito”, ressalta a jovem.
Natasha também vê o favoritismo do lado francês por conta do elenco, por serem os atuais vencedores e por ver os argentinos muito dependentes do Messi. “Acho que será um jogo bem tenso, mas não vai chegar a ir para as prorrogações ou para os pênaltis”, completa acerca de suas expectativas.
